A colheita de café começa a avançar nas principais regiões produtoras do Brasil e, ainda que a safra 2007/2008 seja menor, por causa da bianualidade da cultura, técnicos e produtores comemoram o bom rendimento e a qualidade do produto. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima a safra em 32,1 milhões de sacas beneficiadas, volume 24,6% abaixo da safra anterior (42,5 milhões de sacas).
Em Minas Gerais, na safra atual a queda na produção atingirá 34,6% por causa da bianualidade, para um patamar de 14,3 milhões de sacas.
Os cafeicultores concordam que historicamente o produto nunca atingiu um nível tão alto em dólares, em torno de US$ 122/saca. Ainda assim, a conversão tem sido desfavorável ao produtor, que tem de arcar com os aumentos dos custos de produção, tanto no que se refere à mão-de-obra, quanto ao preço dos insumos.
O vice-presidente do Conselho das Associações dos Cafeicultores do Cerrado (Caccer), Aguinaldo José de Lima, atribui a queda de preços do café à falta de informações precisas sobre o volume de estoques remanescentes no mercado internacional e à ausência de uma política de governo brasileiro que compense os produtores das perdas pela defasagem do dólar em relação ao real.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.