23/04/2014 | Café
O setor cafeeiro mundial está de olho no volume de café a ser colhido no Brasil na safra 2014/2015. A redução na temporada do maior produtor mundial vai pesar na disponibilidade global, além de diminuir a oferta interna do grão.
Diante disso, há receio de que haja um déficit de oferta de café, cenário que poderá resultar em queda dos estoques e tem sido o responsável pelos avanços nas cotações internas e externas da commodity e também pelas fortes oscilações em alguns momentos.
Em relação ao mercado de arábica, as cotações da variedade acumulam forte alta no físico brasileiro na parcial de abril, embora tenham recuado em alguns dias.
O Indicador Cepea/Esalq do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto em São Paulo, fechou a R$ 473,80/saca de 60 kg na sexta-feira (18), aumento de 19,54% na comparação com 31 de março.
Os agricultores do sul da Bahia estão satisfeitos com a colheita do café conilon. Depois de um longo período de seca, a chuva foi mais generosa nesta safra e ajudou a melhorar a produção.
Os pés carregados, os grãos maduros e a lavoura repleta de colhedores indicam que é chegada a hora da colheita nas lavouras de café do extremo sul da Bahia.
A expectativa dos cafeicultores de Eunápolis é que a produtividade este ano chegue a 95 sacas por hectare, número 30% maior do que no ano passado, quando foi registrada uma das piores crises no setor. A produtividade foi tão baixa que chegou a 60 sacas por hectare.
Nesta safra, a produção de café conilon deve crescer 11%, chegando a 800 mil sacas.
Edson Romano é gerente da Fazenda Graciosa. A propriedade tem mais de 300 hectares e quase 1 milhão de pés de café.
Fonte: DCI com Agências