A porcentagem verificada de folhas infectadas de ferrugem do café subiu de 18,3% para 41,1%.
Os índices médios de ferrugem do café no Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba subiram mais de 20% em março em relação ao mês de fevereiro, de acordo com o Boletim de Avisos Fitossanitários da Fundação Procafé. A infestação de bicho mineiro também teve um salto importante da região, de 5,6% para 16,2%.
A porcentagem verificada de folhas infectadas de ferrugem do café subiu de 18,3% para 41,1%. “Considerando estes altos índices e condições favoráveis para a evolução da ferrugem, recomenda-se monitoramento, e caso constatado realizar pulverização com fungicida sistêmico curativo específico para esta doença.”, diz o boletim.
A ferrugem é uma das principais doenças do cafeeiro e causa queda das folhas, ressecamento dos ramos produtivos, afeta o desenvolvimento dos botões florais e, consequentemente, reduz o potencial produtivo da safra. A doença está associada à alta umidade, chuvas frequentes e ambientes sombreados.
“As chuvas em março ficaram acima da média para Araguari e abaixo da média para Araxá e Patrocínio. As temperaturas ficaram próximas à média histórica. Não há necessidade de irrigação em nenhuma região, já que as chuvas supriram as perdas normais de evapotranspiração.”, orienta a Fundação Procafé.
Ainda nas avaliações feitas pela Fundação em talhões da região também foi constatado aumento nos índices de bicho mineiro, praga que faz com que as lavouras percam áreas consideráveis de folhas tornando-as mais fracas e compromete a produção na safra. Foi registrado um aumento de 4,5% em relação a fevereiro.
A infecção de Phoma manteve-se estável, mas “nos talhões de Patrocínio e Araguari foram detectados altos índices de grãos brocados”, disse a Procafé.
Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas