Em seis meses de instalação, o Escritório de Negócios da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária no continente africano, a Embrapa Éfrica (Acra-Gana), além de estratégico É política externa brasileira, comprova a importÉ¢ncia da presença da Empresa para agilizar as ações de cooperação técnica. Exemplos da crescente demanda manifestada por representantes de governos africanos, que representam mais de 60% do total de solicitações recebidas na Érea de Relações Internacionais (ARI), são registrados toda semana.
Os mais recentes tratam da busca de informações tecnológicas da delegação do grupo conhecido como Cotton-4 (que reúne países produtores de algodão) no Brasil e a intenção dos quenianos em fomentar a transferência de tecnologia e a aproximação com técnicos brasileiros. Este último, manifestado pelo embaixador do Quênia, Pius B. Namachanga (É esquerda na foto), em reunião realizada nesta terça-feira (22), com o chefe da ARI, Washington Silva.
Namachanga e Silva avaliaram a realização de visitas técnicas de autoridades quenianas a unidades da Empresa. Com a embaixada instalada há sete meses na capital brasileira, o embaixador destacou o interesse por pesquisas É s culturas do algodão e do café.
Na rota do algodão
Até o final desta semana uma delegação de empresários e representantes do Cotton-4 (formado por Benin, Burquina Faso, Mali e Chade) está no Brasil para conhecer as tecnologias utilizadas em lavouras-modelo do Centro-Oeste e do Nordeste. Os quatro países têm na cotonicultura parte considerável da renda de agricultores pobres das regiões da Éfrica Ocidental e Central.
Organizada pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores, a visita do Cotton-4 inclui reunião na sede da Empresa, nesta quarta-feira (23) É tarde. No dia 25 (quinta-feira) o grupo estará na Embrapa Algodão (Campina Grande-PB) e também conhecerá um assentamento de agricultores familiares, mini-usinas de beneficiamento e a cooperativa Natural Fashion.
As conversações para fortalecer a presença da Embrapa na Éfrica também se intensificam com governos que querem revitalizar a agricultura. Nesse caso, o exemplo vem do Burundi. O pesquisador Washington Silva relata que o embaixador daquele país, Celestin Niyoagabo, busca maior integração, especialmente para poder tornar mais produtivos os plantios de mandioca, banana, açúcar e café.
Deva Rodrigues (MTb/RS 5297)
Contato (61) 3448-4113
E-mail: deva.rodrigues@embrapa.br