Até maio, agronegócio vendeu 7% mais no mercado externo

Publicação: 08/06/06

8 de junho de 2006 | Sem comentários Comércio Exportação
Por: Folha de S. Paulo


As exportações de produtos agropecuários somaram US$ 17,1 bilhões de janeiro a maio, recorde histórico para esse período, de acordo com o Ministério da Agricultura. A soma foi 7% maior do que o valor exportado de janeiro a maio de 2005.


No mesmo período, as importações totalizaram US$ 2,5 bilhões, o que gerou um superávit de US$ 14,6 bilhões.


Em maio, as exportações do setor foram de US$ 3,8 bilhões, o que significou incremento de 3,7% em relação a maio do ano passado. As importações foram de US$ 502 milhões e o superávit de maio ficou em US$ 3,4 bilhões. As vendas e o superávit do mês passado também foram recordes para o mês de maio.


O maior destaque do mês de maio foram as exportações de suco de frutas, graças à ampliação de 95% no valor das vendas de suco de laranja. O crescimento das vendas externas do produto vem ocorrendo desde o início do ano -e culminou em maio, mês da safra da laranja na Flórida- porque uma temporada de furacões atingiu o estado norte-americano em 2005. Mas ainda há falta do produto no mercado americano.


Outros destaques em maio foram a elevação de 23,2% nas vendas de papel e celulose e de 14% nas exportações de couros e cereais. Nas vendas de açúcar e álcool houve queda de 12,6% devido à falta do produto no mercado doméstico nos últimos meses e de 14,6% nas vendas de madeiras.


Apesar das restrições às exportações de carne bovina por causa de focos de febre aftosa- hoje, 50 países impõem restrições ao produto brasileiro, entre eles a Rússia, principal comprador do Brasil-, as vendas sofreram queda de apenas 1,7% em maio. Isso porque a queda na quantidade de embarques foi compensada por um aumento de 18,8% no preço internacional da mercadoria, causada por uma queda na oferta da Argentina e também do Brasil.


Houve queda de 26,8% nas exportações de frango “in natura em maio”, motivada pela queda do consumo mundial do item como conseqüência dos focos de febre aviária encontrados na Ásia e na Europa. (CD)

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