25/11/2014 | Café
Ásia já puxa o aumento do consumo no mundo O crescimento do consumo de café na Ásia foi o mais dinâmico do mundo entre 1990 e 2012, segundo estudo da Organização Internacional do Café (OIC). Em média, o avanço foi de 4% ao ano na região no intervalo, e o percentual aumentou para 4,9% a partir de 2000. Com isso, o consumo do grão mais que dobrou no período, passando de 8,4 milhões de sacas de 60 quilos, em 1990, para 19,5 milhões em 2012.
Em diversos países da região, a expansão tem sido impulsionada pela maior demanda por café robusta, mais usado em bebidas instantâneas e em produtos prontos para beber. É o que ocorre em mercados do Sudeste Asiático, como Indonésia, Filipinas e Tailândia, que têm grandes populações e um consumo per capita ainda baixo, mas crescente.
Em mercados asiáticos mais desenvolvidos, como Japão, Taiwan e Coreia do Sul, a tendência é de maior expansão do consumo de café arábica e já se destacam os grãos especiais, de maior qualidade. O Japão é o maior mercado de café do Leste e do Sudeste Asiático. Quase duas vezes maior que a Indonésia, o mercado japonês, onde o consumo per capita é de 3,4 quilos por ano, absorveu 7,1 milhões de sacas em 2012.
A população total do Leste e Sudeste Asiático é estimada em 2,2 bilhões de pessoas, o que corresponde a um consumo per capita de café de pouco mais de 0,5 quilo por pessoa, enquanto na União Europeia, tradicional mercado consumidor do grão, essa média é de quase 5 quilos. Na América do Norte, conforme a pesquisa da OIC, chega a 4,4 quilos. A renda disponível vem aumentando na Ásia e diversas multinacionais do segmento estão investindo para expandir sua presença na região.
Na Coreia do Sul, o consumo de café cresce a uma taxa anual média de 3,3% desde 1990 e a média per capita chegou a 2,1 quilos. A demanda total foi de cerca de 1,7 milhão de sacas em 2012, o que fez do país o 18º no ranking dos maiores consumidores do grão. Atualmente, o mercado estima em 2 milhões de sacas as importações do grão pelo país. Após um pico de US$ 701 milhões em 2011, o valor total das importações sul-coreanas de café baixou para perto de US$ 538 milhões em 2012, em decorrência da queda de preços.
Os dados da OIC, bastante discutidos durante o evento Café Show, em Seul, sugerem que a demanda pelo café arábica no país aumentou a uma taxa anual de cerca de 5% desde 2000, enquanto a de robusta registrou ligeira queda, de 0,4%. Com 31% da população mundial e 29% do PIB global, os 16 países do Leste e Sudeste da Ásia analisados pela OIC atualmente respondem por 14% do consumo mundial de café.
Fonte: Carine Ferreira, do Valor Economico
Valor Econômico – 25/11/2014
Por Carine Ferreira | De Seul
O crescimento do consumo de café na Ásia foi o mais dinâmico do mundo entre 1990 e 2012, segundo estudo da Organização Internacional do Café (OIC). Em média, o avanço foi de 4% ao ano na região no intervalo, e o percentual aumentou para 4,9% a partir de 2000. Com isso, o consumo do grão mais que dobrou no período, passando de 8,4 milhões de sacas de 60 quilos, em 1990, para 19,5 milhões em 2012.
Em diversos países da região, a expansão tem sido impulsionada pela maior demanda por café robusta, mais usado em bebidas instantâneas e em produtos prontos para beber. É o que ocorre em mercados do Sudeste Asiático, como Indonésia, Filipinas e Tailândia, que têm grandes populações e um consumo per capita ainda baixo, mas crescente.
Em mercados asiáticos mais desenvolvidos, como Japão, Taiwan e Coreia do Sul, a tendência é de maior expansão do consumo de café arábica e já se destacam os grãos especiais, de maior qualidade. O Japão é o maior mercado de café do Leste e do Sudeste Asiático. Quase duas vezes maior que a Indonésia, o mercado japonês, onde o consumo per capita é de 3,4 quilos por ano, absorveu 7,1 milhões de sacas em 2012.
A população total do Leste e Sudeste Asiático é estimada em 2,2 bilhões de pessoas, o que corresponde a um consumo per capita de café de pouco mais de 0,5 quilo por pessoa, enquanto na União Europeia, tradicional mercado consumidor do grão, essa média é de quase 5 quilos. Na América do Norte, conforme a pesquisa da OIC, chega a 4,4 quilos. A renda disponível vem aumentando na Ásia e diversas multinacionais do segmento estão investindo para expandir sua presença na região.
Na Coreia do Sul, o consumo de café cresce a uma taxa anual média de 3,3% desde 1990 e a média per capita chegou a 2,1 quilos. A demanda total foi de cerca de 1,7 milhão de sacas em 2012, o que fez do país o 18º no ranking dos maiores consumidores do grão. Atualmente, o mercado estima em 2 milhões de sacas as importações do grão pelo país. Após um pico de US$ 701 milhões em 2011, o valor total das importações sul-coreanas de café baixou para perto de US$ 538 milhões em 2012, em decorrência da queda de preços.
Os dados da OIC, bastante discutidos durante o evento Café Show, em Seul, sugerem que a demanda pelo café arábica no país aumentou a uma taxa anual de cerca de 5% desde 2000, enquanto a de robusta registrou ligeira queda, de 0,4%. Com 31% da população mundial e 29% do PIB global, os 16 países do Leste e Sudeste da Ásia analisados pela OIC atualmente respondem por 14% do consumo mundial de café.
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