As primeiras mudas foram trazidas da Guiana Francesa para o Pará em 1727, pelo oficial português Francisco Melo Palheta. Desde então, o café praticamente fez o País, criando cidades e gerando riqueza por onde passou. Cultura nômade a princípio, do Pará o café foi para o Rio de Janeiro e de lá, seguiu para o Vale do Paraíba, no Estado de São Paulo e, via Serras Fluminenses, conquistou Minas Gerais e, em seguida, Paraná e Espírito Santo.
Até os anos 1950, o café respondia por mais de 60% das divisas brasileiras. A industrialização do País perseguida pelo presidente Juscelino Kubitschek foi financiada em grande parte com o dinheiro obtido com a exportação desse produto agrícola. Economicamente, o café não tem mais o peso na balança comercial que teve até aquela década, o que mostra que o Brasil cresceu, deixou de ser agroexportador e, hoje, comercializa de aeronaves a bens de capital e de consumo, assim como produtos agrícolas diversificados.
Mas a importância do café na economia do País continua inquestionável: o Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo, e o segundo maior mercado consumidor (atrás dos Estados Unidos). Em 2008, a produção brasileira foi de 46 milhões de sacas; as exportações foram de 29,5 milhões de sacas, e o consumo interno de 17,66 milhões de sacas.