Conselho, acompanha o trabalho que as indústrias de defensivos vêm realizando na linha de desenvolver defensivos com moléculas modernas, eficientes e menos agressivas
Por Silas Brasileiro – Presidente do Conselho Nacional do Café
Ao longo dos anos, instituições de inovação e pesquisa como o Consórcio Embrapa Café; institutos estaduais e federais; universidades e fundações têm trabalhado no desenvolvimento de soluções com o objetivo de eliminar pragas e doenças que acometem o campo e garantir a produtividade e renda do produtor. Também, ao mesmo tempo, o Conselho, além de sua responsabilidade habitual de garantir a defesa do produtor e das cooperativas e seus cooperados, acompanha o trabalho que as indústrias de defensivos vêm realizando na linha de desenvolver defensivos com moléculas modernas, eficientes, menos agressivas e em consonância com as regras de defesa do meio ambiente com seu corpo técnico qualificado.
É preciso entender que além das Boas Práticas Agrícolas, o uso de moléculas de forma adequada é a única forma de garantir uma produção sustentável e que atenda as demandas do mercado consumidor e a continuidade do produtor em sua atividade. O Brasil é um país com vasta dimensão e clima tropical, muitos desafios são impostos diariamente ao produtor. Além do bicho-mineiro, outras pragas e doenças são encontradas no campo, tais como: cigarrinha, nematóide, ferrugem, cochonilha, cercospora, broca e demais outras. O ciclo do aparecimento de pragas e doenças no campo também vem mudando, devido às mudanças naturais que ocorrem no meio ambiente e resistência à moléculas antigas.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) em conjunto com outras instituições como a Anvisa, possuem um processo sério no registro e disponibilização das moléculas para uso em campo e tem grande responsabilidade na proteção do meio ambiente, florestas, mananciais e saúde do produtor e do consumidor. Como entidade que representa o grupo de produtores de café e cooperativas, manifestamos a exemplo o caso do Endosulfan, produto que foi banido há um tempo atrás e que trouxe graves consequências para a produção, não só no controle de pragas e doenças, mas refletindo em toda a cadeia produtiva e nos custos de produção.
O banimento ou não-aprovação de defensivos que tenham como princípio ativo Tiametoxam, além de outras moléculas desenvolvidas para a cafeicultura, é sem dúvida danoso aos produtores e não há pela representação das entidades da cafeicultura nenhuma justificativa que possa restringir produtos já pesquisados e aprovados pelas instituições de fiscalização e regulamentação governamentais. Moléculas que obtêm o registro perante os parâmetros exigidos pelo MAPA, utilizadas ao longo dos anos seguindo o protocolo, jamais comprometeram o meio ambiente e a saúde humana, nem do trabalhador e nem do consumidor.
Concluindo, é tempo e momento de observar que as indústrias, através de informações contidas em seu material de bula, informam como deve ser feita a aplicação do produto e prestam serviços de treinamento para realização de pulverização foliar ou solo. E, ainda, nenhum pesticida pode ser adquirido sem a devida receita por um Engenheiro Agrônomo ou técnico responsável. Diante dessas considerações, manifestamos contrariamente às restrições que são colocadas aos pesticidas já devidamente registrados e desenvolvidos através de estudos e pesquisas sérias.