A maioria do povo brasileiro acha que a bolsa família é algo extremamente positivo. Até certo ponto é real mas, acontece que o bolsa família vem tornando um grande curral eleitoreiro pois, existem empregos e, muitos bolsistas não querem trabalhar pois, é preferível ficar mamando nas tetas do governo do que encarar a luta diária para prover rendimentos próprios. A falta de dignidade, de boa parte do povo brasileiro é indiscutível.
Como eng. Agrônomo, produtor e sindicalista rural, tenho presenciado e convivido com essas situações onde não podemos empregar pessoas do bolsa família pois, além deles perderem a bolsa ainda somos multados pelo ministério do trabalho que é um órgão repressor e incompetente. Trata-se de um grandessíssimo contrassenso.
A população ligada ao bolsa família chega na casa de 42.000.000 de brasileiros. Vide na internet: programa bolsa família. Portanto, esse contingente populacional vive num ostracismo “nunca visto na história desse país”. Com certeza absoluta existe um porcentual altíssimo de pessoas capacitadas à trabalhar e emprego está sobrando e, muito e muito mesmo.
Vamos separar o agronegócio brasileiro em dois capítulos: agronegócio para exportação e agronegócio para alimentação interna.
O agronegócio de exportação é maravilhoso e,trouxe nos 600 bilhões de Us$ de superávit comercial em 13 anos,salvador da pátria, salvando nossa economia, pagando a divida externa e é regido por um maquinário estupendo como os usados na soja, milho, algodão, na cana de açúcar entre outros.fazendas totalmente antenadas, agricultura de precisão regida por GPS, agrônomos e técnicos com MBA na FGV e outras, normalmente bilingues, fazendas certificadas por certificadoras internacionais com exigência criteriosas de rastreabilidade e outros aspectos. Estamos no top e, até americanos babam com nossa eficiência e produtividade. Muitos estão procurando os brasileiros para apreender nossas tecnologias. Portanto, estamos dando “ de reio”até nos gringos.
Agora vamos para a agronegócio para alimentação interna onde a tecnologia, acima citada, se faz pouco presente e com maior dependência de mão de obra para produzir: tomate, pimentão, abobrinha, couve,quiabo, repolho, agrião, cheiro verde, chuchu, alface, rabanete, couve flor,beterraba, feijão, leite, banana, manga, graviola, maçã, e tantos e tantos outros alimentos que fazem parte da nossa cesta de alimentação.
Nesse agronegócio o maquinário é mínimo e dependemos de muita mão de obra. Aqui mora a inflação e, aqui se não forem tomadas medidas rápidas e eficientes o Brasil voltará para a vala de um país de alta inflação e caminhando para a pobreza e o assistencialismo curraleiro e vergonhoso. Aqui, tem emprego sobrando basta dar uma volta nas regiões produtoras e verificar quantos “malandros”são sustentados pela bolsa família a qual passarei designá-la como bolsa inflação.
Os citadinos não sabem disso mas, os produtores dos produtos acima citados estão cada vez mais diminuindo as áreas plantadas por falta de mão de obra e, enquanto isso esse governo corrupto e corruptor fica diminuindo os impostos nos carros, eletrodoméstico entre outros. A inflação batendo forte na porta pois, não comemos carros e eletrodomésticos. Viveremos, veremos e sofreremos.
A bolsa família precisa ser urgentemente revista e, ser distribuídas aos necessitados e incapazes de trabalhar ou em regiões assoladas por cataclimas.
Hoje, grande parte da bolsa família não passa de curral eleitoreiro.
Armando Mattiello eng. agrônomo, com MBA na FVG 61 anos, diretor do sindicato rural de Guapé, diretor da Sincal (Associação Nacional dos Sindicatos dos Municípios Produtores de Café), cafeicultor e produtor secundário de feijão, banana, hortaliças e cana de açúcar.