APURAÇÃO DE RESULTADOS NA CAFEICULTURA – Por Marcus Fomm / Vanessa Janni

Adiante expomos algumas opiniões as quais poderão e deverão ser criticadas, acrescentadas, melhoradas pelos atuantes no segmento da cafeicultura. Uma propriedade, por exemplo, com 300 hectares tendo, no caso, apenas 190 hectares cultivados com plantas de variedades diferentes muitas vezes apresentam características diferenciadas de custos e despesas.

Os preços de venda também são afetados dependendo das variedades cultivadas, bem como da qualidade apresentada.

Em uma propriedade extensa pode ocorrer que determinados “talhões”, áreas, apresentem características próprias que exijam mais ou menos dispêndios. Determinada área pelo relevo não admite o uso da colheita mecanizada, solo com característica diferente, adensamento, falta de irrigação, entre outros, pode impactar em custos e despesas também diferenciadas.

Assim, o controle de custos e despesas deve ser individualizado por áreas produtivas. Nesse caso, efetivos e precisos sistemas de apropriação de custos e despesas devem ser implementados. Não é o que se verifica de modo corriqueiro.

A localização da propriedade também influi na determinação dos gastos totais por hectare. Apurações realizadas indicam menores gastos na região do cerrado, Patrocínio – MG, por exemplo, e maiores dispêndios em Luis Eduardo Magalhães – BA.

Outro fator a ser levado em consideração é o de que o resultado final do empreendimento deve ser oriundo da atividade global. No entanto, existindo o recomendado anteriormente quanto a controles individualizados das diversas áreas cultivadas com diversas variedades é possível a verificação de quanto cada variedade (área) contribui para a formação do resultado final. (lucro)

Como mencionamos no início a propriedade possui 300 hectares e apenas 190 hectares são cultivados com café. A sobra pode ou não ser cultivada com outras espécies, mas, no caso, seus custos e despesas devem ser controlados separadamente do plantio de café. O sistema de apuração de custos e despesas faz-se de vital importância. Supondo que exista parte de área improdutiva, não cultivada, os custos e despesas não devem ser apropriados às áreas cultivadas. Trata-se de gastos que deverão ser suportados pelo resultado global final do empreendimento.

Caso essas recomendações não sejam adotadas ocorrerá visualização distorcida da potencialidade do negócio em si, café.  

Na moderna concepção de “Agricultura Empresarial” os cafeicultores, quer dizer, empresários da cafeicultura, devem utilizar eficazes sistemas contábeis em seus negócios.

Marcus Fomm / Vanessa Janni

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