11/09/2012
Mercado brasileiro oferece cada vez mais opções de produtos de alta qualidade, provenientes de Minas Gerais e da região de Alta Mogiana. Na hora de comprar, é preciso prestar atenção a selos de certificação Marília Almeida Que o brasileiro é um dos maiores consumidores de café todo mundo já sabe.
Mas isso não significa, necessariamente, saber apreciar a bebida e identificar cafés de qualidade. Mas o caminho vem sendo trilhado cada vez por mais apreciadores de café nos últimos dez anos. Antes dominado por produtos de qualidade inferior, feito com GRÃOS robusta ou, no máximo, 20% de GRÃOS arábica, hoje é possível encontrar opções de cafés gourmet e especiais em supermercado e butiques de café em grandes cidades.
Para Gelma Franco, especialista em café gourmet e proprietária do Il Barista Cafés Especiais, o Brasil vive uma revolução do café, “sem volta” nos centros urbanos. “Estamos aprendendo a tomar café. Hoje existe mais informação e experiência com cafés diferenciados.” Enquanto o café gourmet é feito 100% do tipo arábica, o café especial vai além da qualidade do grão: também valoriza o modo de conservação. “Ele passa por uma colheita seletiva, que evita GRÃOS com defeitos, e tem identificação de safra e origem controlada”, diz Gelma.
Os cafés especiais são mais doces e não têm o amargor específico, costumeiramente ligado à imagem da bebida. “Eles são identificados pelo nome ou selos, como o da Brazilian Specialty Coffee Association (BSCA), Utz Kapeh, geralmente no verso da embalagem”, diz Gelma. “Cafés tradicionais geralmente não têm especificação. Se o consumidor se deparar com um café extra-forte, deve fugir. A característica pode ser utilizada para esconder defeitos do café.”
A qualidade tem preço. Enquanto o consumidor encontra cafés gourmet com preço de R$ 20 a R$ 30 o quilo, cafés especiais custam, em média, de R$ 30 a R$ 60 o quilo. Não faltam opções de produtos nacionais. Mesmo porque, produtos vindo do exterior, além de serem fortemente tributados, podem chegar ao país apenas após 30 a 40 dias da data de torrefação. “Ou seja, o alto preço acaba não compensando.E muitos utilizam GRÃOS brasileiros”, diz a especialista.
Os produtos nacionais mais consagrados vêm de Minas Gerais e da região da Alta Mogiana, no interior de São Paulo. “São regiões ideais para o cultivo, onde o inverno não é tão rigoroso e o verão não é tão chuvoso. Quanto mais alta a região, mais precioso o café. A variedade, como o Bourbon Amarelo, e Catuaí, vai depender do paladar. “Cada produtor tem seu segredo. A dica é experimentar”, diz Gelma.
É necessário estar atento à embalagem. Principalmente o café moído deve ser bem conservado, pois se deteriora facilmente. Embalagens com válvulas protegem o café por seis meses. Caso não a possua, é recomendável adquirir um produto o mais próximo da data de torrefação.O ideal são de 15 a 45 dias, no caso do café expresso.
Para quem quer preparar a bebida em casa, é recomendável máquinas de expresso com ao menos 15 bar de pressão, com moedor de GRÃOS e que mantenha condições de temperatura, o que pode custar de R$ 4,5 mil a R$ 5,5 mil. O café também pode ser preparado na cafeteira italiana, a chamada moka, prensa francesa de vidro, ou filtrado, com coador. Um café curto, de 15 ml, concentra açúcares e propriedades e é o ideal para degustação, sem açúcar ou adoçante.
A xícara de porcelana conserva a temperatura, e água com gás limpa papilas gustativas antes antes de experimentar. Marcelo Schiaffino, 33 anos, CEO do e-commerce Organomix, adquiriu o hábito de apreciar café quando morou na Itália para fazer seu MBA. “Tomo um machiatto ou cappuccino pela manhã e um expresso ao final de cada refeição”, conta. “Dependendo do nível do estresse no trabalho, também gosto de apreciar um expresso à tarde, para relaxar.” Ele optou por comprar uma máquina de café com opção de moer GRÃOS e vaporizador para preparar o creme do cappuccino. Ele costuma tomar café orgânico.”Eles têm um sabor diferenciado.”
Consumidor encontra bons cafés no mercado por, em média, R$ 20 a R$ 60 o quilo