O estudo, realizado por Guilherme Morya, analista setorial da commodity, revela que, durante o mês de fevereiro de 2025, o Brasil exportou 3,3 milhões de sacas, representando uma queda de 10% em relação ao mesmo período de 2024
Por Rabobank
Em fevereiro, o Brasil exportou 3,3 milhões de sacas (60kg) de café, uma queda de 18% em relação ao mês anterior e 10% em relação ao mesmo período do ano anterior. Nos primeiros dois meses do ano, o país totalizou 7,3 milhões de sacas, 5,4% a menos em comparação ao mesmo período de 2024. Essa queda nas exportações já era esperada, dado o cenário atual de estoques limitados no Brasil. Essa situação provavelmente continuará pelo menos até que a safra brasileira de 2025/26 entre no mercado.
Em março, a relação de troca permaneceu praticamente estável em comparação ao mês anterior, sendo necessário 1,1 sacas de café (60kg) para comprar 1 tonelada de fertilizante (blend 20-05-20). No entanto, esse valor é 53% mais barato em comparação ao mesmo período de 2024, quando eram necessárias 2,3 sacas de café.
Apesar do recente aumento nos preços do potássio, a queda nos preços da ureia compensou, não gerando uma mudança significativa no preço da mistura final (do fertilizante) em comparação ao mês passado.
Após uma forte valorização em fevereiro, os preços do café no Brasil caíram em março. Seguindo o mercado internacional, os preços médios do café arábica depreciaram 3,5%, enquanto os preços do café conilon caíram 2,1% em comparação a fevereiro. Parte dessa queda pode estar associada à redução nas posições líquidas compradas de fundos não comerciais na bolsa de Nova Iorque.
Além disso, a recente melhora nas condições climáticas no Brasil e a expectativa de melhor oferta (entrada da safra vietnamita e início das atividades de colheita no Brasil a partir de abril) também podem ter contribuído para esse movimento.
Após um janeiro chuvoso, as principais regiões produtoras de café enfrentaram um clima mais seco e quente em fevereiro. Esse período é crucial para o desenvolvimento dos grãos de café. Os impactos têm sido limitados até agora, e o retorno das chuvas no meio de março trouxeram alívio. Mais chuvas são esperadas nas próximas semanas, ajudando no desenvolvimento dos grãos.
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