Embora permaneçam os temores sobre as economias europeias, os mercados mundiais tiveram um dia de “trégua” na crise mundial, permitindo que várias moedas, entre elas o real brasileiro e o euro, valorizassem contra o dólar, na sessão desta segunda-feira. Somente nas últimas três rodadas de operações, a taxa subiu mais de 3%.
Dessa forma, o dólar comercial foi vendido por R$ 1,874, em um declínio de 0,89%, nas últimas operações. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,890 e R$ 1,864. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 1,990, em um recuo de 0,50%.
O euro também ficou mais caro: a cotação subiu de US$ 1,36 para 1,37 entre sexta e hoje.
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) opera em alta de 0,82%, aos 63.279 pontos. O giro financeiro é R$ 7,12 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York cai 0,33%.
A agenda está bastante restrita hoje, com poucos indicadores e balanços corporativos de destaque. O boletim Focus, elaborado pelo Banco Central a partir de uma centena de projeções do mercado, mostrou que os economistas do setor financeiro esperam uma inflação para este ano de 4,78%, acima da meta estipulada pelo governo (4,5%).
As projeções para a taxa de câmbio de dezembro também subiram, alcançando a marca de R$ 1,80, ante R$ 1,76 na edição anterior do boletim.
O Ministério do Desenvolvimento informou que a balança comercial teve um deficit de US$ 172 milhões na primeira semana de fevereiro, elevando o saldo negativo deste ano para US$ 338 milhões.
Juros futuros
O mercado de juros futuros, que sinaliza o custo do dinheiro para os bancos, voltou a rebaixar as taxas projetadas nos contratos de prazo mais longo.
No contrato que aponta os juros para outubro de 2010, a taxa prevista retraiu de 9,78% ao ano para 9,75%; no contrato de janeiro de 2011, a taxa projetada caiu de 10,22% para 10,21%. Esses números ainda são preliminares e podem sofrer ajustes.
Fonte: Folha de SP