Após subir o dia inteiro, dólar cai 1,39% e fecha a R$ 1,590

Após subir o dia inteiro, dólar cai 1,39% e fecha a R$ 1,590
UOL Economia
09/08/2011
 


 
Com informações de Reuters
 
O dólar comercial seguiu em alta ao longo do dia, mas reverteu a tendência pouco antes das 16h e fechou em baixa nesta terça-feira (9), contaminado pela volatilidade dos mercados internacionais.
 
A moeda norte-americana terminou o dia cotada a R$ 1,590 para venda, com queda de 1,39%. É a maior queda percentual diária desde 07 de abril, quando o dólar caiu 1,86%.
 
O dólar chegou a saltar acima de R$ 1,65 antes do comunicado do Federal Reserve sobre a política monetária dos Estados Unidos. A mínima do dia foi R$ 1,587, perto do fechamento, e a máxima bateu R$ 1,658, em alta de quase 3%.
 
A baixa acompanhou a reação dos investidores à promessa do Fed de que os juros norte-americanos serão mantidos perto do zero até meados de 2013, pelo menos.
 
O Banco Central fez apenas uma compra de dólares no mercado à vista, no fim do dia, repetindo a atuação do dia anterior.
 
Bolsas internacionais – As Bolsas internacionais começaram a reagir nesta terça-feira (9), após as fortes perdas registradas ontem, aguardando o anúncio da política monetária do banco central dos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed).
 
A instabilidade no mercado financeiro se deve ao temor de recessão global, agravado pelo rebaixamento da nota dos Estados Unidos pela agência de avaliação de riscos Standard & Poor’s, na sexta-feira.
 
BC dos EUA promete manter juros baixos – O Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) manteve inalterada a taxa básica de juros e disse que manterá seus estímulos monetários por pelo menos mais dois anos, num esforço para dar suporte à combalida economia, que enfrenta consideráveis divergências internas.
 
Não está claro se a decisão, que não envolveu nenhuma promessa de compras de títulos, será suficiente para colocar um piso no mercado de ações dos Estados Unidos, que já caiu mais de 15% nas últimas duas semanas.
 
O Fed disse que o crescimento econômico dos Estados Unidos está se mostrando consideravelmente mais fraco que o esperado, sugerindo que a inflação, que já tem se moderado recentemente, vai permanecer contida no futuro previsível.
 
Economia global sofrerá por dois anos – Em comentários ao plenário da Câmara dos Deputados, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a piora da classificação de risco dos títulos de dívida dos Estados Unidos fará com que a economia global tenha problemas pelos próximos dois anos.
 
O ministro evitou se comprometer com novas medidas para conter a queda do valor do dólar. Afirmou apenas que neste momento “tudo é possível” e que o governo tomará medidas adicionais se for necessário.

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