A tendência dos preços do café no mercado brasileiro é de alta, apesar da redução ocorrida às vésperas da Semana Santa, em Minas Gerais e no Espírito Santo, principais praças de comercialização do grão. A análise é do técnico da Conab, Jorge Queiroz, que atribui a mudança à crise que atingiu os Estados Unidos, afetando também outros setores.
“Essa queda não ocorreu exclusivamente com o café, mas de forma generalizada, entre as outras commodities ”, esclarece. Segundo ele, o motivo do recuo das cotações se liga à atual crise das hipotecas de alto risco (do Subprime ), deflagrada naquele país, com reflexo em outros continentes. “Isto obrigou alguns fundos de investimentos migrarem das bolsas de mercadorias, onde estavam posicionados em commodities agrícolas, para outras aplicações, como ouro, dólar e títulos do tesouro americano”.
Queiroz explica que a baixa ocorrida nos preços do grão significou, na realidade, uma correção de valores que devem voltar nas próximas semanas ao patamar mais elevado registrado anteriormente, tendo em vista “que não houve nenhuma alteração nos principais fundamentos de mercado: demanda mundial crescente, estoques reduzidos e produção estabilizada”.
Safra – Até o próximo dia 12, técnicos da Conab e do IBGE estarão em campo conferindo a evolução de plantio do café, no segundo levantamento da cultura. O resultado será divulgado no dia 8 de maio. A projeção atual, anunciada em janeiro, está entre 41,3 a 44,2 milhões de sacas. As informações são da assessoria de imprensa da Conab.