· A iniciativa permitirá que empresas brasileiras aumentem sua presença e negociem com mais agilidade com o mercado português.
· Até o momento, 20 setores produtivos já demonstraram interesse em integrar o projeto do Governo brasileiro.
10 de abril de 2006 – O presidente da APEX-Brasil (Agência de Promoção de Exportações e Investimentos), Juan Quirós, anuncia amanhã, durante seminário em Lisboa, a instalação de um Centro de Distribuição (CD) de Produtos Brasileiros em Vialonga/Lisboa (Portugal). O centro ficará na principal área de logística e infra-estrutura da região, a 20 quilômetros do porto de Lisboa e a 15 quilômetros do aeroporto.
O Centro de Distribuição, que será inaugurado em maio, integra a iniciativa da APEX-Brasil de internacionalização das empresas exportadoras brasileiras. Portugal será o terceiro país a hospedar um CD, espaço onde empresários brasileiros de diversos setores podem armazenar mercadorias, participar de rodadas de negócios com compradores estrangeiros e manter um showroom e escritórios. O primeiro CD foi inaugurado há um ano em Miami, nos Estados Unidos, e o segundo tem menos de um mês de abertura e está localizado em Frankfurt, Alemanha.
Cerca de 150 empresas brasileiras de 20 setores já manifestaram interesse em integrar o CD de Portugal. Para instalar o Centro, a APEX-Brasil realizou um investimento inicial de 280 mil Euros. Assim como seus precursores, este projeto da APEX-Brasil pretende garantir às empresas brasileiras um maior acesso ao mercado internacional e permitir que elas tenham um local fixo para realizar ações de promoção comercial. Neste caso, Portugal e também a Península Ibérica e o norte da África são o foco de sua atuação.
As empresas brasileiras que já exportam e têm grande interesse no mercado português utilizarão o Centro para apresentar, negociar e estocar seus produtos. Assim como vem acontecendo no CD de Miami, as firmas terão mais agilidade na entrega de seus produtos e no cumprimento de seus compromissos pós-vendas já que seus produtos estarão disponíveis em território português.
“A forte origem portuguesa de nosso povo, o grande número de brasileiros que vivem em Portugal e a crescente demanda da Península Ibérica por produtos brasileiros foram primordiais na seleção de Lisboa como a sede deste terceiro CD da APEX-Brasil”, diz Juan Quirós, presidente da Agência. Com a medida, brasileiros e portugueses investem para que a relação comercial entre seus países continue em franca ascensão. “Em 2005, as vendas para Portugal ultrapassaram a barreira histórica de US$ 1 bilhão. Sabemos, no entanto, que há um grande potencial de crescimento deste valor e o CD contribuirá imensamente para que diversos setores brasileiros encontrem um número ainda maior de clientes em Portugal e em outros locais que têm o país como distribuidor de produtos”, acrescenta Quirós.
Até o momento, 20 setores já procuraram a APEX-Brasil interessados em integrar o CD. Estes setores são: alimentos industrializados, artesanato, rações para animais, autopeças, objetos de couro, confecções e têxtil, cachaça, café, calçados, cosméticos, equipamentos médico-odontológicos, instrumentos musicais, plásticos, refrigeração, gesso, máquinas e equipamentos, mármore e granito, material gráfico, móveis e utilidades domésticas.
Os CDs da APEX-Brasil foram concebidos para receber empresas de pequeno e médio portes e que já possuem cultura exportadora. Este é, portanto, o perfil das empresas que estarão em Portugal. Aquelas que atuam com produtos perecíveis ou que exigem acondicionamento especial não estão no escopo do projeto, pois demandam estrutura especial de manuseio e refrigeração. Commodities e produtos a granel também não estão no foco dos CDs, já que seu objetivo – e também a missão da APEX-Brasil – é estimular a exportação de produtos brasileiros com maior valor agregado.
Uma das principais vantagens oferecidas ao empresário brasileiro ao integrar um CD é que a APEX-Brasil é a locatária do espaço total e subloca partes do mesmo às empresas. Ao alugar áreas maiores, a APEX poder negociar preços mais convenientes e se beneficiar de outras vantagens que, individualmente, as empresas não teriam acesso. Essas vantagens são repassadas aos empresários. Além disso, o empresário tem o benefício de pagar o imposto de desembaraço alfandegário logo que o produto chega ao país onde o CD está localizado ou somente quando efetuar sua venda.
As empresas instaladas neste e nos outros CDs contam com suporte operacional e administrativo in loco para o desembaraço de suas mercadorias. Todo o processo é monitorado pela APEX-Brasil.
Com a instalação de CDs no exterior, a Agência espera que as empresas nacionais tenham maior presença em outros países e abram filiais no Exterior. Por esta razão, após a permanência de 12 a 18 meses nesses locais, as empresas são estimuladas a se estabelecer individualmente no exterior segundo seu plano de negócios.
A criação de CDs é parte da Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior do Governo brasileiro. Ela é também uma das prioridades definidas pela APEX-Brasil para 2006. A estratégia é buscar a internacionalização como forma de eliminar intermediários, encurtar a distância entre a produção e o consumidor e negociar preços competitivos. Ainda este semestre, a Agência inaugurará seu quarto CD, em Varsóvia, na Polônia.
Mais informações:
Clarissa Furtado
Assessoria de Imprensa da APEX-Brasil
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