Apesar de inédito, o resultado confirma uma desaceleração no ritmo das vendas ao exterior Consolidado como o segundo maior Estado exportador do país, Minas Gerais atingiu em 2006 superávit da balança comercial no valor recorde de US$ 10 bilhões. Apesar de inédito, o resultado confirma uma desaceleração no ritmo das vendas ao exterior. No ano passado, a taxa de crescimento das exportações mineiras ficou em 15,8%, próxima à brasileira, de 16,2%, porém aquém dos 35% alcançados em 2005.
Os números, divulgados ontem pelo Centro de Estatística e Informações (CEI) da Fundação João Pinheiro (FJP), mostram que Minas detém 11,4% das exportações do país, tendo sido superada apenas por São Paulo. Líder no ranking das maiores empresas exportadoras de Minas, com vendas externas de US$ 190,3 milhões, a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) teve papel fundamental para a colocação do Estado.
Minerações Brasileiras Reunidas (MBR) e Fiat Automóveis, nesta ordem, figuraram como as vice-campeãs. ‘Depois de aparecer em posições mais distantes por dois anos, a Fiat volta a estar entre as primeiras, refletindo o elevado crescimento do setor de automóveis e de material de transporte‘, explica a coordenadora da análise, Elisa Maria Pinto da Rocha. Por regiões, a maior surpresa do levantamento foi o desempenho da Zona da Mata Mineira (48%). ‘Salta aos olhos o ritmo de crescimento desta região, o maior entre as demais. E isso se deve principalmente às vendas da Votorantim Metais, com atuação em Juiz de Fora‘, observa.
Com outra planta em Paracatu, no Noroeste mineiro, a empresa também contribuiu para o crescimento de 36,5% nas exportações regionais. Os dados mostram ainda que os quatro principais mercados importadores dos produtos mineiros expandiram suas compras em 2006: União Européia (11,7%), Ásia (13%), Nafta (14,1%) e Mercosul (18,7%). ‘Mas a análise aponta que há condições para alcançar mercados fora dos tradicionais. Exemplo disso, são as exportações de carros para Líbia e Ucrânia‘, ressalta.
O crescimento das vendas de brinquedos, jogos e artigos esportivos (177%) também sinaliza, segundo ela, como uma possibilidade de diversificação na pauta de exportação, dominada ainda por café, minério e automóveis.