Condições para ocorrência
Os esporos do fungo são liberados principalmente do topo dos cafezais e disseminados a curtas distâncias por respingos da chuva. O trânsito de homens e materiais vegetais contaminados (principalmente mudas) também são responsáveis pela disseminação.
A faixa de temperatura ideal para germinação e infecção encontra-se entre 17 e 28ºC, com um ótimo a 22ºC. Locais de maior altitude favorecem a doença uma vez que nessas regiões chove mais e a temperatura permanece numa amplitude adequada para o desenvolvimento da doença. É de ocorrência generalizada na maioria das regiões cafeicultoras.
Identificação
Nas flores, o sintoma se inicia com o aparecimento de mancha ou listra castanho escura no tecido branco da pétala, sendo a flor destruída em pouco tempo. Em frutos verdes, ocorrem pequenas manchas necróticas escuras, ligeiramente deprimidas. O fungo pode penetrar no fruto, tornando os grãos negros, ressecados, mumificados e destruídos. Sobre as lesões podem se desenvolver pequenas pontuações, que, sob condições de umidade elevada formam uma massa rósea de esporos. O ataque pode ser no pedúnculo dos frutos, causando sua queda. Em frutos maduros ocorre a mumificação e as bagas escurecem permanecendo aderidas aos ramos por longo tempo. Pode ainda ocorrer em períodos secos e/ou baixas temperaturas, lesão pálida e não deprimida, com aspecto de sarna, onde se formam círculos concêntricos de acérvulos negros. Nesse caso não há invasão do fungo no interior do fruto. Nas folhas ocorrem manchas irregulares, necróticas, cinzas grandes, geralmente próximas às margens. Posteriormente, formam-se anéis concêntricos, onde podem ser observadas massas de esporos do fungo. Pode ocorrer a morte dos ponteiros, favorecida por chuva leve e orvalho abundante.
Danos e perdas
Doença de ocorrência generalizada na maioria das regiões cafeicultoras, variando a natureza e a intensidade dos danos ocasionados. O ataque do fungo às flores e nos frutos novos causa sua destruição em pouco tempo. A infecção no pedúnculo dos frutos causa sua queda. Nos frutos maduros ou já formados, ocorre a mumificação e as bagas escurecem, permanecendo aderidas aos ramos. O ataque do fungo em folhas novas pode causar súbita e parcial abscisão das folhas. A lesão progride e, ao atingir o tecido vascular, ocorrem murcha e morte do ramos. Em sementeiras e viveiros, a antracnose pode ser observada sobre os cotilédones, como manchas pardas, geralmente provocando a morte da plântula.
Medidas de controle
1) uso de variedades resistentes;
2) aplicações foliares de fungicidas recomendados.
Fonte: Tulha Ago Informação – www.tulha.com.br