A entrada do grupo AFB&IOB, holdings de Antônio Francisquini e Idalina Baptista, maior produtor mundial de café como novo sócio, consolida a vocação de internacionalização da Ipanema e reforça a imagem do Brasil no exterior.
O Grupo AFB&IOB, conhecido como o maior produtor brasileiro de café, anunciou ao mercado a entrada como novo sócio no quadro acionário da Ipanema Agrícola S.A., conhecida como a maior empresa brasileira na produção e comercialização de cafés especiais. Com a aquisição das participações dos sócios brasileiros Paraguaçu e Santa Colomba, Francisquini deterá 63% do capital, juntando-se assim, ao atual sócio Tchibo GMba, maior torrefação da Alemanha e um dos maiores “traders” de café do mundo
Segundo Sergio Vieira, diretor do Grupo AFB&IOB, esse novo investimento da holding mineira visa, além de contribuir com os esforços de uma produção agrícola sustentável e de alta qualidade, abrir portas no mercado externo para os cafés produzidos pelo grupo. Presente em oito polos regionais, as holdings são proprietárias de mais de 15.000ha de café com produção anual superior a 500.000 sacas.
Por seu lado, com essa nova estrutura societária, a Ipanema se fortalecerá do expressivo aumento do leque de produtos a serem oferecidos para os mais de 25 países para os quais exporta. Para isso, foi de vital importância a permanência do sócio Tchibo na sociedade, por sua profunda experiência e presença no mercado europeu.
Como enfatiza Sergio Vieira “estamos somando a expertise brasileira na produção de cafés com o profundo conhecimento da Cia. dos mercados mundiais.”
Para o Dr. Fabrício Alves, procurador geral do grupo, a transação será um marco para o mercado mundial de cafés, pois soma, à trajetória vitoriosa do Sr. Antônio Francisquini, a inovadora e conceituada reputação da Ipanema, quer por seu modelo de governança e transparência como também por sua produção premiada pelo mundo afora.
Marinês Francisquini, diretora-geral das holdings e agora presidente do Conselho da Ipanema, exalta a importância da transação para o mercado de café brasileiro: “Estamos muito felizes pela aquisição, nos sentimos orgulhosos pelas recentes premiações da empresa no Concurso Cup of Excelence. Este é um momento muito oportuno para grandes parcerias no mercado mundial de café; existe uma forte complementariedade entre os cafés especiais produzidos pela Ipanema e o nosso grande volume de produção das demais regiões em que atuamos, ampliando assim o potencial de exportação. Será uma parceria que vai marcar história no mercado brasileiro de café” comemora Marinês.
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O Senhor Antônio Francisquini é um orgulho de empresário para todos nos Brasileiros e trabalhadores que somos, este Brasileiro marca presença no mundo no campo da produção e dos negócios que muito orgulha o Brasil de ter um Brasileiro com essa desenvoltura.
Esta compra pode DESTRUIR ou AMPLIAR a qualidade desta empresa agrícola. A IPANEMA em Alfenas é uma empresa muito respeitada e honesta, com uma administração e funcionários muito competentes, espero que o senhor Antônio seja capaz de manter esta qualidade, que esta nova fase seja respeitando a qualidade e a dignidade do trabalho na produção dos cafés especiais. Nós alfenenses estamos atentos a esta nova administração em nossa cidade.
A produção de cafés especiais é diferente pois dependem da altitude, do clima, das competências e conhecimentos técnicos, estratégicos e manejo. E a importação depende da qualidade destes cafés especiais, certificações e uma equipe multiprofissional. Vamos aguardar, o tempo nos dirá, nos apresentará, deixará em evidência os resultados positivos ou negativos da presença e administração do Sr Antônio na Ipanema.
QUANTIDADE ou QUALIDADE?
Primeiramente quero deixar claro, que não sou especialista na produção de cafés, apenas apreciador e consumidor de cafés especiais e não quero de forma alguma menosprezar o trabalho do campo, a agricultura é fundamental no mundo e a quantidade também é importante. A quantidade ou qualidade nas produções agrícolas é um tema extenso que merecia uma reportagem por especialistas, porém me atrevo a fazer algumas breves observações. Não conheço o senhor Antônio, respeito a sua trajetória de vida, e também não conheço a empresa agrícola Ipanema. Pelos conteúdos online percebi uma variável sobre os dois, este senhor Antônio prioriza a QUANTIDADE e a Ipanema prioriza a QUALIDADE, ambos estão corretos em suas formas de trabalhos. O senhor Antônio pelo que li, pretende importar seus cafés por isso comprou a Ipanema, mas dentro da realidade do Mercado Internacional, seu café possui as qualidades que este mercado exige? Há uma alta probabilidade desta fusão dar certo se o Senhor Antônio tiver como foco a produção de CAFÉS ESPECIAIS. Para um produtor que sempre focou em quantidade, é necessário mudanças em sua forma de pensar e administrar. Caso este senhor Antônio tenha a capacidade de escutar e aprender com a Ipanema em como produzir cafés especiais, existirá uma alta probabilidade de estar no mercado de importação e ser o maior INOVADOR no mundo. Caso persista apenas na produção em quantidades, ainda estará no mercado nacional. Não estou aqui colocando o certo ou o errado, há mercado nacional para a quantidade e internacional/nacional para a qualidade. Muitas perguntas surgiram em minha mente: Senhor Antônio ao comprar esta empresa conhecia o mercado de importação? Esta compra foi planejada, estudada ou impulsiva? Conhecia a DEDICAÇÃO REAL na produção de cafés especiais? Terá humildade para inovar e focar na QUALIDADE? E muitas outras… O FRACASSO ou o SUCESSO dependerá aqui, da capacidade deste senhor Antônio em suportar mudanças, novos paradigmas, novas formas de administração, produções e trabalhos. Como apreciador de cafés especiais, estou torcendo para que ele junto com toda a equipe da Ipanema consigam.
Luís Moura