Da Redação, 04/06/2013
O café de Angola tem aceitação em mercados da China, Rússia e do Médio Oriente. Atualmente, a oferta angolana é de apenas 24 a 28 milhões de sacos/ano.
Luanda – Pelo menos 80 mil toneladas de café Amboim e Arábica serão produzidas nos próximos cincos anos na província angolana do Kwanza Sul, no quadro do projecto relançamento e revitalização da cafeicultura implementado pelo Instituto Nacional do Café (Inca).
A informação foi prestada pelo director do Instituto, José Ferreira, à margem do fórum do sector produtivo e empresarial do Kwanza Sul, encerrado sábado na cidade do Waku Kungo, município da Cela.
Orçado em 8 biliões de kwanzas, o programa vai ocupar uma área de produção de 120 mil hectares e vai garantir emprego a 120 mil produtores, capacitados neste domínio e 4.279 técnicos bem como sustento a 600 mil famílias.
As principais áreas de cultivo são os municípios do Amboim, Quilenda, Conda, Seles, Kassongue e Libolo.
De acordo com os técnicos, o café de Angola tem aceitação em mercados da China, Rússia e do Médio Oriente.
O INCA regista, actualmente, devido à baixa produção uma fraca oferta que ronda os 24 milhões a 28 milhões de sacos/ano contra uma procura de 38 milhões de sacos/ano.
O governo pretende aumentar a produção e melhorar a qualidade, armazenamento e transporte, fornecimento de insumos, máquinas e equipamentos, comercialização, exportação, estabelecimento de indústrias de torrefacção e moagem.
“Os países que mais ganham com o café são a Itália e a Alemanha porque eles compram o café ainda verde e depois de industrializado o produto é mais rentável. Só há uma saída para isso: a instalação de fábricas em território nacional”, disse o diretror do Inca. Angop