O prêmio de jornalismo do Conselho Nacional do café foi o quinto recebido em quatro anos de agência. A série de reportagens intitulada A década mágica do café, produzida pelas repórteres Cláudia Abreu, Débora Rubin e Geovana Pagel, venceu na categoria internet. O prêmio será entregue no dia 15, em Brasília.
Da redação
São Paulo – Uma série especial sobre o café, publicada na ANBA em janeiro deste ano, venceu o “Prêmio Especial de Reportagem CNC 25 anos” na categoria internet. O prêmio, promovido pelo Conselho Nacional do café, será entregue no próximo dia 15 de maio, em Brasília. A série premiada, produzida pelas jornalistas Cláudia Abreu, Débora Rubin e Geovana Pagel, é composta por seis matérias principais que mostram como a cafeicultura brasileira superou crises do passado, voltou a brilhar nesta década e tem pela frente um futuro promissor. Em 2006, o país produziu 44 milhões de sacas de café e respondeu por 30% do mercado mundial.
As reportagens levaram dois meses para serem apuradas. Foram ouvidos cafeicultores, exportadores, pesquisadores, especialistas, lideranças do governo e dirigentes de entidades de, praticamente, todas as regiões importantes produtoras de café do país. De Minas Gerais, embrenhando pela Bahia, Paraná, Espírito Santo, São Paulo e até chegar a Rondônia. O objetivo foi mostrar ao leitor como o café brasileiro, depois de um período envergonhado, renasceu. Novas fronteiras cafeeiras, investimentos sérios em pesquisas e uma dose de ousadia – como abrir uma cafeteria na China -, são alguns dos agentes responsáveis pelas mudanças recentes na cafeicultura do país, como mostram as matérias da ANBA.
O futuro do setor também foi assunto da série. Com um olhar crítico, a última reportagem publicada mostrou que, se o Brasil quiser acompanhar o crescimento do consumo mundial, manter a atual participação no mercado global, ampliá-la e atender o mercado interno, terá que fazer ainda mais investimentos para aumentar a produção para 60 milhões de sacas.
Sobre a premiação
O prêmio do CNC foi lançado em outubro do ano passado e aberto a veículos de todo o país. Foram inscritas 39 matérias nas categorias impresso, TV, rádio e internet. O presidente do CNC, Maurício Miarelli, destacou a qualidade das matérias inscritas e falou sobre a importância de um prêmio como esse. “É uma forma de estimular a mídia a transmitir notícias que refletem o papel da cafeicultura e da agricultura na economia do país”, disse.
As outras reportagens premiadas foram as séries “Os caminhos do café”, da Globo News, e “cafés Especiais do Brasil, da Rádio Central AM de Campinas, e a reportagem “café, a cara do Brasil”, publicada na revista Agrimotor.
Caminho certo
Desde que foi criada, em setembro de 2003, a agência já ganhou cinco prêmios de jornalismo. Duas das premiações foram da Confederação Nacional do Transporte (CNT), nos anos de 2004 e 2005, uma da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF) e outra da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), ambas em 2006. Ainda no ano passado, a ANBA foi finalista do prêmio Massey Ferguson. Na edição deste ano, a agência também está entre os três finalistas, concorrendo com duas reportagens na categoria internet: “Carne gaúcha terá indicação de procedência” e “A corrida pelo frango perfeito”. O resultado será divulgado no mês de junho em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
Para o presidente da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Antonio Sarkis Jr., o prêmio do CNC mostra o comprometimento da equipe da ANBA. “É um grupo que gosta do que faz, que trabalha sério. O prêmio é fruto desse trabalho”, afirma. Outro ponto importante, lembrado por Sarkis, é que, cada vez mais, fica evidente o passo assertivo da Câmara Árabe, que criou e apostou na agência como ferramenta para estreitar os laços entre o Brasil e o mundo árabe.
Paulo Sérgio Atallah, atual vice-presidente administrativo da Câmara Árabe, também elogiou o trabalho da equipe da ANBA. Presidente da entidade na época da criação da agência, em 2003, Atallah acreditou e investiu no projeto, inédito no mundo. “O prêmio CNC é o reconhecimento pela seriedade com que a ANBA aborda temas importantes, fundamentais para a economia brasileira”, afirma.
Segundo Joel dos Santos Guimarães, editor-chefe da ANBA e diretor da Meios, os prêmios que a agência vem recebendo desde o seu lançamento mostram a eficiência do projeto editorial. “Sempre apostamos no bom jornalismo, na criatividade dos nossos profissionais e no trabalho em equipe. Um exemplo disso: que quase todos os prêmios que ganhamos – já são cinco – foram com reportagens feitas por uma equipe”, afirma.
Para Guimarães, o prêmio “é o reconhecimento da competência dos profissionais da ANBA. Aqui não é o estrelismo, mas o jornalismo que importa, nossa preocupação é com o leitor. E isso nos faz lembrar, diariamente, o motivo que levou à criação da agência pela Câmara Árabe: fomentar as relações entre o Brasil e os países árabes, tendo como resultado o crescimento e a geração de novas oportunidades de negócios, o estreitamento das relações culturais e o fortalecimento das relações diplomáticas”.
Com uma visão ampla, sem miopia, a ANBA tem conseguido cumprir, com louvor, esse trabalho. É um veículo focado em assuntos da área econômica, de negócios, comércio exterior e cultura. “Passados quatro anos, podemos dizer que o caminho escolhido pela Câmara está correto. A ANBA é hoje um importante meio de comunicação e divulgação das relações entre esses dois mundos”, acrescentou Guimarães.
A agência
O trabalho da ANBA é coordenado pela agência de comunicação Meios, de propriedade de Guimarães. A ANBA tem versão em português e inglês e é acessada no país e no exterior. Ela tem acordos para reprodução de conteúdo com seis agências de notícias dos seguintes países árabes: Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Argélia, Iêmen, Síria e Tunísia. No Brasil, a agência tem acordos similares com a Radiobrás e a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP).
Em abril, a ANBA bateu um novo recorde de acessos, foram 201.371 visitas. O número é superior ao registrado no mês anterior – 199.723. As visitas nos quatro primeiros meses deste ano já somam 698.711. No ano passado inteiro, os acessos alcançaram 1,7 milhão. Em 2005, eles ficaram em 676 mil. Ou seja, o número de visitantes da ANBA superou os três milhões desde a sua fundação.