Analista diz que momento ainda é bom para quem vende café
Lessandro Carvalho
Os bons ganhos do arábica na bolsa nova-iorquina e o dólar mais forte fizeram as cotações do café no mercado físico brasileiro dispararem, o que deu agilidade às negociações. Mas, o mercado acabou perdendo força, diante do recuo no dólar e da acomadação externa. Assim, a bebida dura do sul de Minas, que semana passada trocava de mãos entre R$ 490,00 a R$ 500,00 a saca, dependendo da catação, gira atualmente ao redor de R$ 480,00 a R$ 490,00 a saca de 60 kg. E tirou um pouco do interesse do vendedor. As considerações partem do analista de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach.
Segundo ele, também andaram bem os negócios antecipados com a safra 2015 na faixa de R$ 500,00 a R$ 510,00 a saca, com indicação atual em torno de R$ 490,00, talvez R$ 500,00 para um café mais fino. Saiu negócio com cereja entre R$ 530,00 a até R$ 545,00, dependendo da origem, tamanho do lote e necessidade do comprador. O mercado também abriu indicação para safra 2016 para duro com 15% de catação entre R$ 530,00 a R$ 540,00 a saca de 60 kg, observa o analista.
Dica do analista – “Apesar do ajuste para baixo nos preços, o momento ainda é bom para quem vende. Tavez tenha que peneirar um pouco mais as ideias de compra, principalmente no disponível e quando envolver as melhores bebidas. Preste atenção aos ‘negócios de necessidade’ do comprador. O dólar segue alto e com a ICE em torno de 140 cents as bases internas ainda seguem atrativas aos vendedores. A estratégia é seguir fracionando as posições, tentando aproveitar repiques no dólar e na ICE. Essa estratégia serve tanto no disponível, mas, especialmente, para as posições com a safra nova. É bom também sondar alguma coisa para 2016, pois apareceram coisas bem interessantes ao longo da última semana.
Fonte: Agência SAFRAS via Conselho Nacional do Café