(exclusivo para o site da Revista Cafeicultura)
O mercado de café foi marcado, nas últimas duas semanas, por fortes ataques especulativos que derrubaram as cotações internacionais da commodity.
Rio de Janeiro, A desvalorização Semana passada, Em todos estes Entretanto, Esta Nesta Por fim, não podemos deixar de cumprimentar nesta coluna a iniciativa dos
05 de dezembro – – O mercado de café foi marcado, nas últimas duas semanas, por
fortes ataques especulativos que derrubaram as cotações internacionais da
commodity.
observada vai contra a projeção da maior parte dos analistas e representantes de
grandes empresas, cujas opiniões foram amplamente divulgadas recentemente por
causa dos inúmeros eventos internacionais que coincidiram ocorrer nos últimos
meses, como a Conferência Internacional da OIC, ocorrida em setembro, em
Salvador, o Sintercafé, na Costa Rica, em novembro, e o Encafé, também em
novembro, em Recife.
durante o Congresso Nacional anual realizado pela Federación de Cafeteros da
Colombia, o gerente-geral da entidade, Gabriel Silva, declarou que os
fundamentos continuam apontando preços firmes para o ano de 2006.
encontros, registramos declarações otimistas em relação aos preços. O
diretor-executivo da OIC, Nestor Osorio, também voltou a reiterar sua convicção
de que os fundamentos
projeções e declarações são uma coisa e a realidade é outra. Os preços estão
caindo e o produtor está perdendo dinheiro. A ordem atual é esperar.
Naturalmente, há riscos, mas para o bem de todos, é importante resistir. O
inverno chegou no Hemisfério Norte e a qualquer hora a indústria vai sentir o
impacto do aperto da oferta. As exportações mundiais estão caindo violentamente
nos últimos dois meses e devem cair ainda mais em novembro e
dezembro.
queda-de-braço entre especulação e fundamentos é velha conhecida dos produtores.
É o que está ocorrendo mais uma vez. Os fundos forçam baixa nos preços para
comprarem o máximo de contratos possível, esperando o momento de explosão dos
preços, quando revendem o que adquiriram com lucros exorbitantes.
sexta-feira, as cotações de março na bolsa de Nova Iorque caíram mais 170
pontos, fechando em 94,75 centavos de dólar por libra-peso, bem longe da
tendência de bater em 106 centavos,
algumas semanas atrás.
produtores da Alta Mogiana de criarem uma associação de produtores de café
especial. São iniciativas como essa que vão, lentamente, mas de forma firme e
definitiva, tornando o café brasileiro um pouco mais independente dos humores da
bolsa de Nova Iorque. Com essas associações, o produtor ganha oportunidade de
fechar contratos de fornecimento d e longo prazo, com preços pré-fixados, que
lhe dêem segurança e renda adequada. Consciente disso, o ministro da
Agricultura, Roberto Rodrigues, prestigiou a posse da primeira diretoria da
entidade.
* Miguel Barbosa, 30
anos, é editor do site Coffee Business e do Anuário Estatístico do Café. Também
é repórter e colunista de
CoffeeNetwork.
coffee@coffeebusiness.com.br
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