O
Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) prevê uma queda de 7% na
produção de cafés mundial,
na safra de 2005/2006. O relatório divulgado pelo órgão apontou uma safra de
113,2 milhões de sacas.
Segundo o sócio proprietário do Escritório
Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes Júnior, existe uma tendência de alta no mercado.
“Existe essa tendência, mas ninguém sabe o momento que isso irá ocorrer.” O
executivo explica, que os fundos de investimentos podem atrasar uma possível
alta nos preços do grão. “Os fundos atuam no mercado com uma visão de curto
prazo. Um dia eles investem em café, no outro, eles liquidam a fatura para
investir em um mercado diferente, com maior rentabilidade naquele momento.” O
executivo diz ainda, que além dos fundos, alguns produtores estão aguardando a
melhor época para comercializar o seu café. “Hoje, um bom café está custando entre R$ 240 a R$ 245 a
saca de 60 quilos. Quem tem esse produto está aguardando uma alta de preço, para
vender a sua saca por um preço melhor. Isso causa um desaquecimento no mercado.
O valor do dólar também está prejudicando o produtor”, afirmou Carvalhaes. Ele
acrescenta que os produtores estão vendendo a quantidade de sacas necessária
para pagarem as suas contas.
Segundo o relatório da USDA, a produção
brasileira de café em
2005/2006 está estimada em 36,1 milhões de sacas, representando queda de 400 mil
sacas em comparação com a pesquisa de junho e um recuo de 7,5 milhões de sacas
ante a safra anterior. A estimava da Companhia Nacional de Abastecimento
(Conab), está projetada em 33,33 milhões de sacas. A colheita de café deve registrar ainda queda em alguns
países da América do Norte (México) e
Central.