RURAL
08/09/2007
A queda no valor do dólar registrada nos últimos meses não teve reflexos no mercado de adubos. Os produtores brasileiros sentiram no bolso reajustes em torno de 25% em relação à safra de 2006. ”Houve um aumento na demanda; os produtores voltaram a fazer investimentos que tinham abandonado por causa da crise enfrentada pela agricultura”, avalia o agrônomo Ricardo França Cardoso, supervisor regional de uma empresa que comercializa fertilizantes.
Dados da Associação Nacional de Difusão de Adubos (Anda) apontam que de janeiro a julho deste ano foram comercializadas 1.944 mil toneladas de fertilizantes no Paraná, o que significa um aumento de 64% em relação ao mesmo período do ano passado e 67,5% ao se comparar à safra de 2005, quando foram vendidas 1,160 mil toneladas. No Brasil o volume de vendas alcançou 11.596 mil toneladas, 55% a mais que a safra de 2006.
Segundo Ricardo Cardoso outros fatores foram decisivos na alteração dos preços. Ele cita a alta nos preços da soja, milho, café e outras commodities, além da estabilidade da cana-de-açúcar. A dependência da importação de matéria-prima para a indústria de fertilizantes também exerce influência importante. ”O Brasil importa 90% do cloreto de potássio. Como houve problemas na Rússia, um dos principais fornecedores, tivemos alta nos preços”, relata. De acordo com o agrônomo, na safrinha também houve redução na oferta de sulfato de amônio e cloreto de potássio. (R.C.)