Alta de preços do café deve ser sentida pelo consumidor só em maio

22/04/2014 –

 

Nova York, 22/04/2014 – A alta dos preços internacionais do café arábica em 2014 ainda não afeta o bolso dos consumidores nos Estados Unidos, de acordo com reportagem publicada no blog do jornal The Wall Street Journal. Nas quatro semanas encerradas em 23 de março, o preço médio do grão moído nos EUA acumulava queda de US$ 0,30 frente igual período do ano anterior, cotado a US$ 8,65 por unidade, informou a consultoria IRI, cuja sede fica em Chicago. Já o preço do grão inteiro neste mesmo período recuou US$ 0,47 na comparação anual, para US$ 8,65/unidade, revelou a IRI.

 Isso porque as grandes torrefadoras normalmente compram café com bastante antecedência, antes mesmo de as cerejas amadurecerem. Então pode levar meses para a alta dos preços da commodity refletir em despesas extras ao consumidor. “Nós começaremos a ver alguma reação até o começo de maio”, disse Ross Colbert, estrategista global de bebidas do Rabobank, em Nova York. Segundo ele, há um atraso de 45 a 60 dias para a alta das cotações internacionais ser repassada ao consumidor.

 A estiagem no Brasil reduziu drasticamente as expectativas para safra do País, mas a extensão dos danos só será calculada depois que os trabalhos de colheita se intensificarem, em maio. “Eu não acho que os varejistas e donos de marca queiram iniciar mudanças de preço até que haja uma visão mais clara”, comentou Colbert. Ele prevê um aumento de 25% a 30% nos preços do café no varejo até meados de 2014. “Eu acho que provavelmente veremos incrementos.”

 O cenário deve ficar mais evidente, depois que empresas como a Starbucks Corp. e a Dunkin’ Brands Group anunciarem os respectivos resultados trimestrais na quinta-feira (24). Mas os consumidores provavelmente não devem se deparar com uma alta imediata no custo da bebida. Os preços mais altos serão vistos primeiramente nos produtos vendidos em supermercados. Fonte: Dow Jones Newswires.

Fonte: Agência Estado

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