17/10/2012
Cenário: Paula Moura – O Estado de Sâo Paulo
Os preços do algodão subiram 3,48% ontem e foram o destaque entre as commodities negociadas na Bolsa de Nova York. O fato de os estoques da bolsa estarem nos níveis mais baixos em 17 anos levantou preocupações quanto à oferta no curto prazo, puxando os preços para cima. As reservas caíram depois que a China decidiu recompor estoques, comprando grandes volumes desde maio. Mais sustentação veio da colheita recém-iniciada nos Estados Unidos. Com 28% das lavouras colhidas, apenas metade desse volume conseguiu atingir os padrões de qualidade determinados pela bolsa. “A umidade nas regiões produtoras pode afetar a qualidade”, disse à Dow Jones Sterling Smith, especialista do Citibank. O contrato para entrega em dezembro terminou cotado a 74,86 centavos de dólar por libra-peso.
Na mesma bolsa, o cacau registrou alta de 2,72%. Os dados de processamento da amêndoa na Europa, maior consumidor mundial, ficaram dentro das expectativas do mercado. Como os investidores já haviam precificado a redução de 16,2% no terceiro trimestre ante 2011, houve uma correção das cotações.
A desvalorização do dólar, que torna as commodities mais baratas para os compradores internacionais, sustentou os preços do café (1,21%), do açúcar (1,61) e do suco de laranja (0,67%).
Na Bolsa de Chicago, os grãos fecharam perto da estabilidade. Sinais gráficos baixistas desencadearam vendas de fundos, o que acabou limitando os ganhos. A soja avançou 0,08% e o milho, 0,14%. Já o trigo recuou 0,06%.