15/09/2012
Cenário: Paula Moura – O Estado de São Paulo
A melhora do cenário macroeconômico com as medidas de apoio à economia americana continuaram dando suporte às commodities na sexta-feira. No caso do algodão, negociado na Bolsa de Nova York, a valorização superou os 3%. O contrato para entrega em dezembro subiu 3,22%, a 75,90 centavos de dólar por libra-peso.
O setor têxtil costuma ser um dos mais afetados por oscilações na economia, o que se reflete diretamente nos preços da pluma, diferente do que acontece com os alimentos, itens de primeira necessidade, e, portanto, menos suscetíveis. Apesar da alta, os fundamentos para o algodão são baixistas no médio prazo. A oferta é ampla e a demanda está enfraquecida, o que pesa sobre os preços.
Segundo analistas, essa influência deve ser a mais importante daqui para frente. Para o Commerzbank, há pouco espaço para uma alta maior das cotações. Com apoio do cenário macroeconômico otimista, na mesma bolsa, o açúcar subiu 1,66% e o café, 1,26%.
Na Bolsa de Chicago, o trigo avançou 2,47%, com expectativas de aumento da demanda por produto americano devido à redução da safra em outras regiões, por causa da estiagem. Analistas disseram que o Egito, maior importador mundial, pode recorrer aos Estados Unidos nas próximas semanas. O milho subiu 1,07%, principalmente com dados técnicos. Já a soja recuou 0,47%. Os números de processamento de soja da Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas dos EUA, ficaram abaixo do esperado, sinalizando retração da demanda.