“Iremos mais uma vez defender a eliminação dos subsídios à exportação, redução do apoio doméstico e ampliação de acesso aos mercados consumidores”, afirma João Sampaio. A SRB participou de todas as reuniões ministeriais da OMC. Segundo João Sampaio, após a série de conferências preliminares realizadas durante o ano que sinalizam o rumo das negociações das reunião ministerial, observamos que tanto União Européia (UE), quanto Estados Unidos (EUA), não apresentaram nenhum tipo de concessão em suas propostas. As nações protecionistas só admitem avançar nas negociações se obtiverem contrapartidas mais substanciais na área de bens industriais e serviços, mercados que já são bem mais flexíveis que o agrícola. Na avaliação do presidente da SRB, a UE só admite falar sobre maior abertura dos mercados agrícolas se os EUA concordar em cortar subsídios de apoio interno. Os EUA, por sua vez, devolvem a responsabilidade de uma iniciativa ao bloco europeu. “Logo, a negociação não anda.” Mesmo com pouca expectativa quanto a mudanças, João Sampaio acredita que é fundamental estar presente caso aconteça algum milagre ou para contestar decisões do Itamaraty que possam prejudicar o agronegócio nacional. Para o presidente da SRB, o Brasil não deve assinar nada sem conhecer os detalhes. “Por exemplo, um acordo que proponha corte de tarifas, mas que deixe de fora da lista os chamados produtos sensíveis, justamente onde somos mais competitivos (como suco de laranja, açúcar, café) não nos serve”. As informações são da Assessoria de Imprensa da SRB. |