CIDADES
06/07/2009
Agronegócio – Empresa pesquisa produtividade no mercado rural
Grupo especializado coleta dados para desenvolvimento de novos produtos usados para aumentar rendimento no campo
O desenvolvimento de novos produtos para o campo começa, inevitavelmente, com a demanda e a necessidade dos produtores rurais, que possuem a percepção sobre o que o mercado exige. Cada vez mais as organizações buscam essas informações como base para tomar decisões. Foi com essa visão do negócio que o Grupo Kleffmann, empresa multinacional alemã especializada na gestão de informações, contribui para o desenvolvimento rural no Brasil. Com experiência em coletar dados e traduzi-los em informações precisas e rápidas e, por meio do conhecimento do mercado, prover seus clientes com soluções, a Kleffmann já auxiliou a indústria em vários projetos que resultaram em maior produtividade no campo.
Com 11 anos no mercado brasileiro e com a sede nacional localizada em Valinhos, na Região Metropolitana de Campinas (RMC), a multinacional tem como clientes as principais indústrias de desenvolvimento de defensivos agrícolas, sementes, equipamentos e produtos veterinários para a agropecuária. “Desde que estamos no Brasil, já trabalhamos em 240 projetos. Somos a maior empresa de pesquisa do agronegócio do País e posso dizer que contribuímos muito com o desenvolvimento do setor no Brasil, que hoje representa 75% dos negócios do grupo na América Latina”, explica Lars Schobinger, presidente da Kleffmann no País.
Os exemplos do quanto a companhia e os resultados dos projetos são importantes como estratégia para o campo são muitos. “Temos envolvimento indireto em todas as soluções ofertadas para o mercado, pois pesquisa não é um fim, e sim um meio. E cada vez mais as empresas estão preocupadas em conhecer os produtores e oferecer soluções para o mercado e ajudá-los a produzir bem e com o menor impacto ambiental possível”, fala, lembrando que apesar desse envolvimento no desenvolvimento do negócio, por meio de contratos que asseguram o sigilo das informações por questões estratégicas do mercado, são poucos os dados que podem ser divulgados sobre os resultados.
“Mas podemos dizer que a Kleffmann teve participação direta no projeto de desenvolvimento de novas máquinas colhedoras de café. Falamos com os usuários e identificamos os pontos que precisavam de melhoria, desde a mudança na largura ou altura das máquinas, que para um leigo olhar passa despercebido, mas fez uma grande diferença na produção”, conta.
Como a pesquisa entra em praticamente toda a melhoria realizada no campo, Schobinger diz que não é possível quantificar o que isso representa em termos de aumento de produtividade e rentabilidade para as empresas e para os produtores rurais. “Mas há exemplos como o do desenvolvimento de fungicidas para o milho. Há alguns anos esse produto não existia e todos achavam que não era importante. Fizemos a pesquisa e apresentamos o resultado de que o fungicida poderia aumentar o ganho numa média de 600 quilos a mais por hectare. E participamos para testar a oportunidade, até com pesquisas pós-lançamento para ver se os produtores enxergavam esse ganho”, conta, explicando que nas plantações com o uso do fungicida a produção passou de 7,6 mil quilos para 8,2 mil quilos por hectare, um crescimento de quase 10%.
Em 2006, 3% dos produtores de milho usavam fungicidas. Na safra de 2008 passou para 31%. “É uma relação ganha-ganha, pois a indústria ganha um mercado que não existia e o produtor passa a colher mais.”
No caso dos fungicidas, outro projeto importante com participação da Kleffmann foi o desenvolvimento do produto para aplicação nas plantações de soja. “Em 2004, quando surgiu a ferrugem da soja, não havia fungicida. E dessa época para cá participamos do desenvolvimento dos principais produtos com pesquisas para ajudar o mercado, que hoje movimenta US$ 1 bilhão no Brasil”, diz.