O Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) disponibiliza R$ 26,4 milhões para produtores rurais do Espírito Santo. Cada cafeicultor pode contratar até R$ 1,4 mil por hectare de cafezal ou até R$ 200 mil de recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé).
De acordo com o presidente do Sicoob no Espírito Santo, Bento Venturim, os recursos do Fundo podem ser utilizados para a aquisição de insumos e a contratação de mão-de-obra e também na arruação e na secagem do café, entre outros. O pagamento do financiamento pode ser realizado até 28 dezembro deste ano, para produtores de café conilon, e até 28 de fevereiro de 2008, para o café arábica.
Segundo estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Espírito Santo deve contribuir com 27% da safra de café 2007/2008, que pode chegar a 32 milhões de sacas de 60 quilos. A previsão é de que sejam produzidas no Estado 8,7 milhões de sacas, das quais 7,1 milhões são conilon e, 1,6 milhão, arábica.
Outras culturas
Além de verba específica para aplicação em café, a instituição dispõe de R$ 6,37 milhões para investimentos em outras culturas: R$ 5,3 milhões provenientes da poupança rural da instituição, a Poupança Cooperada, e R$ 1,07 milhão do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
Em 2006, o agronegócio capixaba recebeu recursos da ordem R$ 148,7 milhões por meio do Sicoob Espírito Santo. O montante emprestado aos produtores foi 54% superior ao liberado em 2005, quando os financiamentos alcançaram a cifra de R$ 96 milhões, destacou o diretor-executivo do Sicoob, Francisco Reposse Junior.
Crédito rural
Segundo maior operador de crédito rural no Estado e principal financiador da cafeicultura, o Sicoob registrou um crescimento de 167% no volume de empréstimos nos últimos quatro anos. Em 2002, foram aplicados R$ 55,6 milhões.
Ao todo, no ano passado, a instituição formalizou 10.047 operações de crédito rural em praticamente todos os municípios capixabas. Em média, cada associado solicitou mais de R$ 14,7 mil nas agências visando, principalmente, ao financiamento da produção ou custeio. Já em 2002, houve 6.079 contratos fechados.