Agronegócio capixaba exporta R$ 3,46 bilhões no ano
O agronegócio capixaba fechou os primeiros nove meses de 2014 com uma receita cambial de US$ 1,45 bilhão em produtos exportados, equivalente a mais de R$ 3,46 bilhões. O valor corresponde a 1,95 milhão de toneladas comercializadas para o exterior. Comparando com o mesmo período do ano anterior, o crescimento foi de 5,8%.
“Se mantivermos esse ritmo, o Espírito Santo irá exportar US$ 2 bilhões de dólares em 2014 de vários produtos ao natural ou processados a partir de matérias primas agrícolas, visto que o setor se caracteriza pela regularidade de oferta em dezenas de países”, destaca Enio Bergoli, secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca.
Celulose e café são os produtos mais importantes no comércio exterior capixaba e respondem por quase 90% do total comercializado. Fazem parte da pauta de exportações pimenta-do-reino, chocolates, derivados lácteos, carne bovina, mamão, gengibre, pimenta-rosa, peixes ornamentais, macadâmia, dentre outros.
As exportações de café, sob as formas de grãos verdes, solúvel, torrado e moído, cresceram 31,5% no ano e atingiram o montante de US$ 505,8 milhões.
“Mesmo com os preços internacionais ainda abaixo que esperam os cafeicultores, o volume de café verde exportado do Espírito Santo se ampliou em 50,5%, o que caracteriza a importância comércio internacional para essa atividade que está presente em mais de 60 mil propriedades rurais capixabas”, explica Bergoli.
Gengibre e pimenta se destacam
Gengibre e pimenta-do-reino se destacaram nas exportações do agronegócio capixaba nos primeiros nove meses do ano, com crescimento na geração de divisas de 116% e 77,4%, respectivamente.
“O Espírito Santo vai se tornando uma referência no mercado internacional das especiarias, principalmente com a pimenta-do-reino e o gengibre capixabas, produtos muito demandados e com alto valor agregado”, comemora Bergoli.
As exportações de pimenta-do-reino somaram US$ 54,9 milhões, com volume comercializado de 6,9 mil toneladas. O volume exportado de gengibre atingiu 2,1 mil toneladas, com receita de US$ 4,9 milhões.
“Os preços internacionais estão muito acima da média para esses condimentos, o que se traduz em uma boa remuneração para os produtores rurais, em especial para os agricultores familiares, que predominam no cultivo de gengibre e pimenta-do-reino”, enfatiza Bergoli.