Com o objetivo de encurtar a distância entre o produtor e o mercado de informações e tecnologias, a sétima edição do Agrocafé (Simpósio Nacional do Agronegócio Café) será realizada pela primeira vez em Vitória da Conquista, um dos principais pólos baianos de produção de café.
O encontro, que acontece de 15 a 17 de março, vai reunir técnicos, produtores, empresários da cadeia do café, lideranças políticas e autoridades governamentais, que vão discutir as perspectivas da cafeicultura, promovendo e apresentando conceitos modernos de produção, exportação e debates permanentes de temas relacionados à cafeicultura que superem barreiras e proporcionem o ajustamento na cadeia produtiva do café, transferindo tecnologias mais avançadas aos pequenos produtores, criando oportunidades de negócios e organizando o setor.
O presidente da Assocafé, Eduardo Salles, considera que “o momento e o local são ideais para que os cafeicultores de todo o País possam discutir seus problemas e buscar juntos soluções para a cafeicultura dos próximos anos”. Salles destaca ainda que “o horizonte está mais claro, mas as incertezas para o futuro ainda são muitas”. Ele acrescenta que o propósito é conseguir neste Agrocafé superar os anteriores, proporcionando aos congressistas um ambiente esclarecedor e que sinalize os melhores caminhos a seguir.
Cresce consumo da bebida
O consumo de café no mercado interno cresceu 3,96% entre novembro de 2004 e outubro de 2005, conforme levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). De acordo com a pesquisa, os brasileiros tomaram o equivalente a 15,54 milhões de sacas de 60 kg, ante 14,95 milhões de sacas no período anterior.
O diretor da Área de Pesquisas e Informações da Abic, Natal Martins, ressalta que o desempenho brasileiro é muito superior ao estimado para o mundo, que é de 0,69% em 2005, segundo a Organização Internacional do Café (OIC). Martins diz que o acréscimo de 600 mil sacas no consumo nacional corresponde ao total de muitos países da América do Sul e da África em um ano.
Os argentinos, por exemplo, bebem o equivalente a 450 mil sacas/ano. Martins explica que, no caso particular do país vizinho, o consumo se dá principalmente fora do lar, ao contrário do que ocorre no Brasil.
O diretor da Abic salienta que o consumo per capita no Brasil também apresenta forte ascensão: 2,5% no período, passando de 4,01 kg/habitante/ano para 4,11 kg. “Nos aproximamos do padrão de consumo dos norte-americanos e europeus”, informa Martins.