Agrocafé discute tendências, novidades e dificuldades do setor

As tendências, novidades e dificuldades enfrentadas pela cadeia produtiva do café estão sendo debatidas no 9º Simpósio Nacional do Agronegócio Café – Agrocafé. A abertura do evento aconteceu na manhã desta segunda-feira, 3, com a participação de mais de 500 pessoas, entre produtores, pesquisadores, técnicos e representantes dos exportadores, das indústrias e de políticos envolvidos com o setor. Realizado no Hotel Pestana Bahia, em Salvador, o evento segue até a quarta-feira, 5. Na pauta, a “Sustentabilidade Econômica da Cafeicultura – É viável a produção de café no Brasil?”, tema central do evento.


Durante a solenidade de abertura, o presidente da Associação de Produtores de Café da Bahia, Sílvio Leite, convocou todos os participantes a definir as linhas para o futuro do setor. “A nossa realidade é a de preços bons e lucratividade péssima. Neste cenário, qual caminho nós temos? Onde queremos chegar? Então, vamos traçar nossas linhas de ação. Linhas que podem ser readequadas, mas que solidificam nossa busca”. Como indicou o presidente, uma das novidades desta edição do evento é a palestra do economista Fábio Knijnik, do Banco Espírito Santo, “avaliando as tendências do dólar, moeda que determina a posição brasileira no mercado internacional do café”.


O superintendente da Secretaria de Agricultura do Estado da Bahia, Eujácio Simões, destacou os importantes avanços tecnológicos do setor, ressaltando os investimentos programados pelo Governo do Estado para elevar a produtividade e a qualidade do café baiano. “Este é um momento marcante para que possamos traçar os melhores caminhos para avançar no mercado internacional. Já estamos avaliando as necessidades de infra-estrutura e de logística para reduzir os preços da produção e aumentar a produtividade dos cafeicultores”, revelou.


Representando o Governador Jaques Wagner, o secretário de Desenvolvimento Regional, Edmon Lucas, avaliou o 9º Agrocafé como um importante fórum, por meio do qual os técnicos e produtores de café possam expor as necessidades do setor para o governo. “Queremos saber de tudo que vai ser discutido aqui para fazermos nossas propostas. Precisamos conhecer as demandas do setor para assegurarmos melhores condições a todos, principalmente, possibilitando melhorias nas condições de vida dos pequenos produtores”.


Durante o Simpósio, além de um painel sobre o tema central, serão realizados outros oito painéis, que tratarão da “Recuperação da Renda do Produtor”; “As Recentes Novidades nas Pesquisas Cafeeiras”; “Tendência do Mercado Mundial”; “O Aumento do Consumo de Café”; “Cafés da Bahia: Potencial de Crescimento e Melhoria da Qualidade e Exportação”; “A Racionalidade no Uso de Insumos visando a Tecnologia Aplicada com Sustentabilidade Econômica”; “As Perspectivas da Produção de Café no Brasil: Arábica ou Robusta” e “A Sustentabilidade Econômica como Garantia da Qualidade e Regularidade da Oferta”.


O 9º Simpósio Nacional do Agronegócio Café tem programados ainda os seguintes minicursos: “Classificação e Degustação”, “Barrista com Culinária de Café”, “Técnicas e Custos Suplementares na Cafeicultura”, “Gestão e Custos de uma pequena e média propriedade”, “Técnicas de pós-colheita”, “As recentes descobertas das variedades economicamente viáveis na cafeicultura”, “Viabilidade técnica na renovação do cafezal” e “As diferenças para obtenção de certificação das propriedades cafeeiras”.

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