AGROCAFÉ – Curso de implantação e condução do café Conillon é recorde de público

Nova técnica de poda aumentará produtividade do conillon no Brasil; mais de 30 pessoas participaram


O número de participantes do curso de “Implantação e condução do café Conillon” surpreendeu os organizadores do 10º Agrocafé – Simpósio Nacional do Agronegócio Café. O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), uma das instituições fundadoras do Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café (CBP&D/Café), que é administrado pela Embrapa Café, apresentou uma técnica denominada Poda Programada de Ciclo de Café Conillon.

A nova técnica vem padronizar a condução da poda da lavoura de café conillon, largamente utilizada por produtores desde 1993 por recomendação do Incaper. Mas, que vinha sendo adotada de forma diversa por cada cafeicultor, devido à dificuldade de uniformização da recomendação. O curso foi ministrado pelo Professor José Sebastião Machado, do Encaper.

Segundo ele, o café conillon é uma planta de crescimento contínuo, que possui ramos verticais e horizontais. Esses ramos, após determinado número de colheitas, ficam envelhecidos e pouco produtivos, necessitando da poda para que sejam substituídos por outros mais novos e produtivos. Alguns produtores já iniciam a poda a partir da segunda colheita, outros, a partir da terceira ou quarta, sempre eliminando os ramos quebrados ou os mais velhos.

A nova técnica de manejo da poda, lançada pelo Incaper, recomenda que após a quarta colheita, promova-se a eliminação de 75% dos ramos verticais das árvores e, no ano seguinte, após a quinta colheita, sejam eliminados os outros 25%. Paralelamente, na quarta colheita, deve-se deixar a quantidade de brotos novos para recompor a lavoura com o número recomendado de hastes. Na sexta colheita tem-se a produção de uma lavoura totalmente revigorada.

Nos anos subseqüentes a lavoura deve ser conduzida da mesma forma, isto é, da 6ª à 8ª colheita realiza-se a retirada dos ramos horizontais e a desbrota de todos os verticais, ou seja, a eliminação da brotação em excesso nesses ramos. Na 9ª colheita, faz-se a retirada dos ramos verticais, horizontais e a desbrota, para que permaneçam apenas aqueles que sustentarão as produções seguintes; na 10ª colheita a retirada dos ramos verticais e desbrotas; e assim sucessivamente.

Com isso, a lavoura fica permanentemente renovada, aumentando a produtividade e, conseqüentemente, o rendimento do produtor a cada safra.

Mais Notícias

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.