Com o tema “A força de uma nação”, evento deve reunir em torno de mil pessoas de toda a cadeia produtiva do café na capital baiana.
Abrindo o calendário nacional de eventos da cafeicultura, o 15° Simpósio Nacional do Agronegócio Café-Agrocafé será realizado entre os dias 24 e 26 de março, no Bahia Othon Palace Hotel, em Salvador. Desta vez, o tema central do evento – “A força de uma nação”- evoca a importância histórica e econômica do grão, do qual o Brasil é o maior produtor mundial há 150 anos. Técnicas de produção, mercado, marketing, tendências para a cafeicultura, e ainda uma abordagem específica da agricultura familiar, são tópicos que serão distribuídos em painéis, seminários e minicursos, realizados simultaneamente e comandados por alguns dos mais importantes nomes do agronegócio do café brasileiro.
Entre os convidados deste ano está o engenheiro agrônomo Roberto Rodrigues, ministro da Agricultura entre os anos de 2003 e 2006, que abordará os rumos do agronegócio brasileiro em um painel coordenado pelo presidente da Federação da Agricultura do Estado da Bahia (FAEB) e 1° vice-presidente da CNA, João Martins da Silva Junior.
Em alta
A alta nos preços do café, que vem se verificando nas últimas semanas, eleva a expectativa dos organizadores do evento para o ânimo nos debates do Agrocafé 2014. De acordo com o presidente da Associação dos Produtores de Café da Bahia – Assocafé, João Lopes Araújo, depois de três anos “ladeira abaixo”, os preços começaram a subir e devem continuar nesta tendência ainda algum tempo. Na quarta-feira (05/03), estavam cotados em US$250 a saca na Bolsa de Nova York, contra pouco mais de US$100 a saca três semanas antes. A reviravolta nos preços, segundo ele, se deve em parte à seca nos estados de Minas Gerais, maior produtor brasileiro, e em São Paulo.
“Os preços atuais se assemelham aos de 2011, quando o café valia em torno de R$530 a saca do café fino no mercado interno, contra R$230 a saca um mês atrás”, compara João Lopes Araújo. A perda estimada das lavouras mineiras por causa da seca é em torno de 13 milhões de sacas, o que deve contribuir para o rebaixamento da expectativa da safra brasileira, que era 49 milhões de sacas, e deve fechar 35 milhões de sacas.
“Essa redução nem de longe afeta a liderança mundial do país na produção de café. O segundo maior produtor brasileiro do mundo é o Vietnam, com 22 milhões de sacas, seguido da Colômbia, com 10 milhões de sacas. Mas temos de trabalhar sempre na defesa desse posto, e o Agrocafé é sem dúvida um fórum de excelência para encontrar soluções diversas para a cafeicultura”, afirma o presidente da Assocafé.
Veja a programação completa do simpósio em www.agrocafe.com.br