Agricultores querem decreto de calamidade em Boa Esperança, MG

Levantamento mostra que cidade pode ter prejuízo de até R$ 45
milhões.
Quebra de insumos como café, soja e milho preocupa produtores
rurais.

Do G1 Sul de Minas

Diante da seca e com previsão de
produção mais baixa que em 2014, os produtores rurais de Boa Esperança (MG)
pressionaram a prefeitura pedindo o decreto de estado de calamidade pública.
Dados da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) mostram que
pode haver quebra de produção de três insumos e, em decorrência disso, o
prejuízo do município pode chegar a R$ 45 milhões.


Os agricultores alegam que a estiagem vai causar um prejuízo ainda mais grave
que no último ano. Com o decreto, os produtores esperam poder renegociar as
dívidas e até ter acesso aos benefícios do governo para se manterem na
atividade.


O levantamento feito pela Emater e pela Cooperativa Agropecuária de Boa
Esperança prevê a queda na produção por causa dos fatores climáticos. A
estimativa é de quebra de 20% no café, 40% na soja e 50% no milho. Segundos
dados da Fundação Procafé, nos últimos dois anos, a quantidade de chuva ficou
muito abaixo da média da região, que é de 1,5 mil milímetros.


De longe, o cafezal do produtor rural Eugênio Monteiro Júnior parece
saudável, mas de perto é possível entender a preocupação do produtor. O calor e
a falta d´água estão queimando as plantas nos 45 hectares. “Tive uma queda de
70% em relação a última safra e a situação deste ano já é pior”, reclamou.



 


Produtores pressionaram a Prefeitura de Boa Esperança pedindo decreto de
estado de calamidade pública (Foto: Reprodução EPTV)

Já Reginaldo Ribeiro
Alves teme perder a propriedade para os bancos. Na última safra ele colheu 800
das 3 mil sacas que esperava produzir. “Tive um prejuízo de R$ 2 milhões. Agora
eu espero pela ajuda do governo para tentar quitar as dívidas e não desistir da
lavoura, porque não como seguir sem ajuda”, disse.


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