09/05/2011
G1
Os produtores de Glória de Dourados, na região sul de Mato Grosso do Sul, estão investindo no café orgânico. Os agricultores estão produzindo o tipo arábica, que é mais consumido no país.
A plantação de Pedro Luís de Souza é diferente de uma lavoura tradicional de café. Em três hectares foram cultivados 30 mil pés de café orgânico. Desde o plantio até a colheita são utilizadas técnicas que não agridem o meio ambiente. O produtor ficou satisfeito com a mudança no manejo.
“Hoje o brasileiro está se preocupando mais com a qualidade de vida, porque ao longo dos anos os produtos químicos foram prejudicando a saúde da população e o planeta”, comenta o agricultor.
Há dez anos apostando neste sistema, Pedro vem melhorando a produtividade de sua lavoura. Nesta safra pretende colher 30% a mais do que no ano passado. Na plantação orgânica ocorre a diversificação de culturas. Neste caso, mesmo com o café sendo o produto principal ele divide espaço com as bananeiras, a leucena e várias outras espécies.
As principais diferenças da agricultura orgânica em relação a tradicional estão no manejo do solo. Segundo especialistas, a terra não pode ficar descoberta. Por isso, o mato se torna uma proteção do solo e até uma simples aranha tem uma função, a de combater as pragas.
“No início temos que utilizar uma certa quantidade de adubação orgânica, com compostagem e adubação verde. Mas, a partir do momento em que o sistema entrar em equilíbrio, o que vai sustentá-lo são folhas e galhos”, explica o técnico agrícola Olácio Komori.
Além de todos os benefícios que o alimento orgânico oferece para a saúde, o mercado paga mais pelo café produzido neste sistema de cultivo. Pedro, por exemplo, ganha R$ 360 pela saca de 60 quilos, 25% a mais do que o comparado ao tradicional.