Agricultores de Picada Café apostam nos produtos orgânicos

Por: Jornal NH

Agricultores de Picada Café apostam nos produtos orgânicos Alternativa encontrada por 11 famílias do município agrega valor às produções desde 2001 Picada Café – A comercialização de produtos orgânicos foi a alternativa encontrada por 11 famílias de Picada Café, que criaram uma associação em agosto de 2001 como forma de aumentar a rentabilidade, agregar valor e desenvolver uma atividade agrícola sustentável que não agrida o meio ambiente.

Todo cultivo é feito sem agrotóxicos e fertilizantes químicos. A compostagem, a adubação e o manejo do solo e da diversidade de culturas estão entre as técnicas aplicadas para garantir a qualidade biológica dos alimentos. Os animais são tratados à base de homeopatia. O empreendimento teve resultados positivos e originou a criação da Cooperativa Agropecuária de Produção e Comercialização Vida Natural (Coopernatural), em 21 de setembro de 2004 que, atualmente, é integrada por 20 famílias.

Os produtos são vendidos para vários Estados do País. “Pelo menos mais três agricultores já manifestaram o interesse em participar”, conta o presidente da Coopernatural, Ricardo Edson Fritsch, 37 anos, que produz vinho desde 1992 e foi um dos pioneiros a apostar nos produtos orgânicos. A entidade participa de feiras e também mantém uma tenda na BR-116, altura do número 4.077. “Hoje é apenas um ponto de referência, pois a maioria das vendas é feita diretamente, via Internet, nos supermercados da região ou feiras por todo o Brasil”, afirma o engenheiro agrônomo da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) de Picada Café, Ingo Collischonn, incentivador da iniciativa.Poucas ações semelhantes ocorrem no Rio Grande do Sul. Os principais exemplos estão nas cidades de Antônio Prado, Garibaldi e Ipê. A Coopernatural é a única do gênero nos Vales do Caí, Paranhana e Sinos.

ITENS – Os agricultores comercializam açúcar, brotos de alfafa, chás, chucrute, compotas, conservas, doce de leite, frutas, geléias, sabonetes, sementes, sucos, verduras e vinhos. O mercado ainda é pouco explorado no Rio Grande do Sul. “Temos pesquisas que indicam que a produção de orgânicos chega somente a 8% no Estado, enquanto que em São Paulo representa 28%”, declara Fritsch. A Coopernatural está registrada na Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Até 2004, um dos entraves para alavancar os negócios era a falta de registro no órgão. “Nas feiras, os demais expositores e alguns compradores reclamavam por causa disso”, conta Fritsch.O sucesso do cooperativismo e da produção orgânica já chama atenção de outros municípios. Na quarta-feira passada, uma comitiva integrada por cerca de 30 agricultores do litoral norte deslocou-se até Picada Café para obter subsídios e desenvolver projeto semelhante. “Assim como os produtores daqui visitavam outras cidades tempos atrás, agora é a vez de receber também”, aponta o secretário municipal de Agricultura, Indústria e Comércio de Picada Café, Ricardo Jahn.

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