Agosto de moderada valorização para café no mercado internacional

O mercado internacional de café teve um mês de agosto de moderadas altas. Isso pode ser bem observado pelo balanço mensal, até esta quinta-feira (28), na Bolsa de Mercadorias de Nova Iorque.

O momento ainda é de deslocamento de atenções do clima frio no Brasil, que sempre gera temores de geadas sobre o cinturão cafeeiro, para as condições climáticas para a abertura de floradas que vão vingar na safra brasileira de 2009.

Na Bolsa de Nova Iorque, o café arábica, que baliza as cotações internacionais, teve volatilidade em muitos momentos acompanhando as oscilações de outras commodities, com destaque para o petróleo. A acomodação do dólar em patamares mais baixos em relação a outras moedas (euro) foi fator altista para o arábica. Mas o destaque foi o sentimento efetivo de aperto na oferta no mercado brasileiro, uma vez que a colheita está atrasada.

Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, indicações de uma retração nos embarques de café de países da América Central e a chegada da temporada de furacões no Caribe, o que é uma ameaça constante aos países centro-americanos e aos armazéns de cafés certificados norte-americanos (vide agora Nova Orleans e a ameaça com a Tempestade Tropical Gustav), constituem-se ainda em fatores importantes de suporte aos preços.

Somando-se aos aspectos altistas há as preocupações de que o atraso na colheita no Brasil chegue ao ponto de que as floradas cheguem ainda com café sendo colhido. Isso seria prejuízo certo à safra 2009, que já será naturalmente menor em função do ciclo bienal da cultura cafeeira. E setembro já é mês de florada, ainda restando bastante café a ser tirado das lavouras.