Fósforo
O Fósforo é indispensável para todo o ciclo da planta, pois entra na
fotossíntese, na respiração e principalmente na formação das raízes dos
cafeeiros novos . A fosfatagem tem sido um tema muito discutido pelos
cafeicultores, preocupados sempre com o aumento da produtividade das lavouras,
além de outros procedimentos mais conhecidos como a calagem e a adubação. . Mas,
nem sempre, essa substância está disponível para ser absorvida pela planta.
Quando ocorre a fixação do fósforo, cafeeiro é impossibilitado de aproveitá-lo.
O fósforo se liga a outros elementos, principalmente o alumínio, formando
o fosfato de alumínio, que é insolúvel e a planta não consegue absorver. Nesse
sentido, a calagem é uma providência de vital importância uma vez que, em solo
ácido, o fósforo não fica livre para o cafeeiro. Somente se o solo apresentar um
pH acima de 5,5 é que a planta terá boas condições para absorvê-lo. Subsolagem e
microvida – O solo compactado ou “solo adensado”, cuja característica principal
é o aumento da quantidade de partículas sólidas e a diminuição do volume de
poros (espaços que podem reter o ar e a água utilizados pelas plantas), também
pode contribuir com as deficiências de fósforo dos cafeeiros. É que além de ter
sua quantidade de poros diminuída, esse tipo de solo também apresenta uma baixa
ocorrência de microvida, ou seja, microorganismos capazes de fazer arejamento da
terra e a transformação de matéria orgânica em humus. Além disso, essas
bactérias fazem uma infinidade de reações químicas, liberando esse fósforo que
estaria “preso” ao ferro e ao alumínio, comuns aos solos ácidos, para que esse
fósforo possa ser absorvido pelas raízes. Por isso, além de manter o solo em
boas condições, com seu pH corrigido e em perfeito equilíbrio através da
calagem, é importante que o cafeicultor faça também a descompactação e a
adubação com matéria orgânica.
Fósforo direto na planta
Existem alguns produtos à base de ácido fosfórico, que podem ser
aplicados diretamente no cafeeiro por via foliar. Porém, os melhores resultados
são via radicular, porque o fósforo é muito importante na formação de raízes que
são a porta de entrada de adubos e defensivos via solo. A aplicação do
Superfostato Simples, além de ceder fósforo para a planta, cede ainda o enxofre,
que também pode ser obtido via sulfato de amônio. Mas o sulfato de amônio é um
dos elementos mais acidificantes do solo, embora não seja impróprio usá-lo desde
que tomados os devidos cuidados. Acontece que, alguns produtores deixam de
usar o Super Simples para diminuir o gasto e utilizam outro produto para ceder
enxofre. É preciso que o cafeicultor saiba valorizar produtos mais vantajosos,
pois, com a aplicação de Super Simples, ele obtém o enxofre e o fósforo com o
mesmo custo da aplicação de outra fonte de enxofre. A descoloração das folhas do
cafeeiro é um dos sinais visíveis da deficiência de cálcio apresentada
pela planta. Solos ácidos, ou seja, carentes de cálcio e magnésio, influem
negativamente na produtividade dos cafezais do Brasil. A maior parte dos
cafezais do país está implantada em áreas com Ph (nível de acidez) abaixo do
normal, que é de aproximadamente 5,5 (quanto menor for o número do Ph, maior é a
acidez do solo). O uso maciço de adubos nitrogenados sem a devida correção do Ph
do solo, além de levar ao decréscimo da produção cafeeira, pode acelerar ainda
mais essa acidez causando desequilíbrios nutricionais e perdas consideráveis no
aproveitamento dos fertilizantes NKP (nitrogênio, potássio e fósforo). As
variedades comerciais de café mais plantadas necessitam de cálcio e magnésio,
sendo esses o 3º e 4º elementos mais exigidos respectivamente. A falta de cálcio
afeta drasticamente o sistema radicular dos cafeeiros e, em casos mais extremos,
pode causar a morte da gema apical, principalmente em cafeeiros novos. Já a
falta de magnésio pode levar à perda da área foliar.
Sulfato de Amonio
Usar
10 gramas de sulfato de amonio por pé após 20 dias do plantio de 15 em 15 dias é
o ideal para manter o bom crescimento da muda, deixando as folhas sempre verde
escuro.
Cuidado com as formigas elas podem causar um prejuiso igual ao de uma
geada .
È
recommendado o uso de TEMIC para evitar pragas durante esta fase . (2kg para
11000)
Esterco de Boi
Tenho usado toda sobra de esterco do confinamento para o café que plantei
. Vamos ver ao longo de seu desenvolvimento .
09/09/2000
Esterco de boi aplicado por esparramadeira.
aguarde mais…..
Essas informações São de caráter estritamente comunicativo, não se
caracterizando como órgão de dados oficial e tão pouco com qualquer
responsabilidade pêlos dados fornecidos.
Envie informações sobre o mercado de sua região.Se nos mantivermos
informados e unidos, o resultado será sempre melhor.
Fonte: Floresta Site www.florestasite.com.br
Adubação de plantio
Aplicar a adubação mineral de plantio de acordo com a análise de solo.
Reduzir a quantidade de boro pela metade em solos com menos de 35% de argila.
P resina | P2O5 | K+ trocável | K2O | B no solo | B | Cu no solo | Cu | Mn no solo | Mn | Zn no solo | Zn |
mg/dm3 | g/m | mmolc/dm3 | g/m | mg/dm3 | g/m | mg/dm3 | g/m | mg/dm3 | g/m | mg/dm3 | g/m |
0-5 | 60 | 0-0,7 | 30 | 0-0,20 | 1 | 0-0,20 | 1 | 0-1,5 | 2 | 0-0,5 | 2 |
6-12 | 45 | 0,8-1,5 | 20 | 0,21-0,60 | 0,5 | >0,20 | 0 | >1,5 | 0 | 0,6-1,2 | 1 |
13-30 | 30 | 1,5-3,0 | 10 | >0,60 | 0 | >1,2 | 0 | ||||
>30 | 15 | >3,0 | 0 |
Fonte:Boletim Técnico 193 – Cati
Adubação de formação
A recomendação de doses de fertilizantes depende basicamente do estágio da lavoura, das exigências do cafeeiro em função da carga pendente, do tipo e da fertilidade do solo, avaliada por análise dos adubos a serem usados.
Os resultados de estudos e pesquisas, em condições de campo são muito úteis para orientar as recomendações do uso das adubações.
Para maiores informações, procure um engenheiro-agrônomo, levando consigo a análise de solo.
Como recomendação genérica, o Boletim Técnico 193 da Cati, recomenda que:
Adubação de produção
Para adubação do cafeeiro em produção deve-se levar em consideração o estado vegetativo, o potencial de produção, as características do solo e os adubos a serem utilizados.
A recomendação usual leva um conta a extração dos nutrientes (em função da expectativa de carga pendente) e as características do solo (fertilidade) constantes na análise. A adubação a ser recomendada é resultante da seguinte fórmula:
AQ = AV + AP
onde:
AQ = adubação química a utilizar
AV = adubação necessária à variação
AP = adubação necessária à produção
Uma aproximação desta estimativa de produção pode ser alcançada considerando os teores exigidos para cada saca beneficiada a ser produzida. Assim as recomendações de adubação abaixo foram calculadas da seguinte forma:
N = 50 + (4,0 x PE)
P2O5 = 8 + (0,80 x PE)
K2O = 35,5 + (4,57 x PE)
onde:
PE: Produção esperada por mil covas em sacas beneficiadas.
Sugestões de adubação para lavouras em produção, em gramas de nutrientes por cova, considerando a carga pendente (litros de café cereja/planta) e os teores de nutrientes no solo.
PRODUTIVIDADE | N | P2O5 | K2O |
% Mat. org. | P (ppm) | % K em Relação CTC | |
Litros de cereja/planta | <3 >3 | <10 11-20 >20 | <3 3-5 5-7 >7 |
<2 | 70 56 | 12 8 0 | 58 46 34 0 |
2-4 | 90 72 | 16 11 0 | 81 64 48 0 |
4-6 | 110 88 | 20 14 0 | 104 83 62 0 |
6-8 | 130 104 | 24 16 0 | 127 101 76 0 |
8-10 | 150 120 | 28 19 0 | 149 120 90 0 |
10-12 | 170 136 | 32 22 0 | 172 138 130 0 |
12-14 | 190 152 | 36 25 0 | 195 156 117 0 |
14-16 | 210 168 | 40 28 0 | 218 175 131 0 |
16-18 | 230 184 | 44 30 0 | 241 193 145 0 |
18-20 | 250 200 | 48 33 0 | 264 212 159 0 |
Enxofre = colocar de 1/8 a 1/10 da dose N
Boro = colocar 1,0 a 2,0 gramas de B por planta
Calagem = saturação de bases a 60-70%
Zinco = via foliar em 4 pulverizações a 0,3% de sulfato de zinco; via solo, em solos arenosos, colocar 2,0 a 4,0 gramas de Zn por planta.
Adubação foliar
Apesar de muito valorizada, principalmente por firmas comerciais, folhetos e propagandas, a adubação foliar quando realizada de forma indiscriminada pode induzir a prejuízos, tanto por gastos desnecessários como por desequilíbrios e carências.
A adubação foliar para o cafeeiro, em condições normais, só se justifica para o fornecimento dos microelementos zinco, boro e cobre.
Normalmente este último não apresenta problemas, uma vez que pulverizações com fungicidas cúpricos, feitas para controle de ferrugem, corrigem ao mesmo tempo a deficiência.
Uma situação muito comum de erro por excesso, encontrada no campo, é a adoção de um número exagerado de pulverizações com zinco, quando a pesquisa demonstra que esse nutriente, em teores elevados, provoca redução na produção.
Outro fator de erro é a mistura de cloreto de potássio, que aumenta e acelera a absorção sem que a dosagem de sulfato de zinco seja diminuída.
A adubação foliar com macronutrientes, em substituição ou suplementação à adubação NPK no solo é ineficiente e representa um gasto desnecessário.
Zinco: a adubação foliar com zinco em solos argiloso é obrigatória. O número de aplicações varia de 3 a 4 por ano, devendo ser efetuadas no período de setembro a março. Necessariamente deve-se fazer uma aplicação em pré-florada. O acompanhamento através de análises foliares periódicas é indicado para evitar teores elevados, prejudiciais à produção.
A dosagem a ser utilizada é de 0,6% de sulfato de zinco. Quando na calda for adicionado cloreto de potássio a dosagem deve ser de 0,3% para o sulfato de zinco e 0,3% para o cloreto de potássio.
Boro: a dosagem deve ser de 0,3% de ácido bórico, 3 a 4 vezes por ano. A aplicação pré-florada é essencial para o vingamento floral. A ação de tratamento foliar com boro não é duradoura (cerca de 60 dias) e, nos casos de deficiências graves, é necessário suprir boro via solo, que mantém os teores adequados por mais tempo.
Cobre: normalmente as pulverizações normais com fungicidas cúpricos, usados contra a ferrugem ou outras doenças, controlam também as carências de cobre. No caso de haver necessidade de pulverização, utilizar fungicidas cúpricos (0,5 a 1%) ou sulfato de cobre (0,3 a 0,5%)
Calagem
Outro aspecto importante é a calagem, que tem principalmente as funções de corrigir o pH, neutralizar o alumínio e fornecer cálcio e magnésio para as plantas. Esta prática tem sido negligenciada por muitos cafeicultores, que não usam calcário ou o usam inadequadamente. Aplicam, às vezes, altas doses de fertilizantes, que podem não ter eficiência em um solo muito ácido (baixo pH).
A calagem deve ser realizada antes da implantação da lavoura, sendo o calcário incorporado através das práticas de preparo do solo (aração e gradagem). Aplicações feitas sem a devida incorporação poderão causar excesso na superfície do solo, que pode ocasionar desequilíbrios, além de não haver eficiência nas camadas inferiores do solo.
A quantidade deve ser recomendada tendo como base a análise de solo. Não se deve aplicar a quantidade de calcário recomendada para área total apenas no sulco ou cova de plantio. Embora isto também possa ser feito, mas em menores quantidades e com a função de fornecer cálcio e magnésio e não corrigir pH. Em lavouras já implantadas, a calagem deve ser feita após a colheita e antes da esparramação (se houver). Como não é possível fazer a incorporação, divide-se a quantidade recomendada em três parcelas anuais, devendo ser cada parcela inferior a 1,5 ton/ha. O calcário poderá ser calcítico ou dolomítico, dependendo da análise de solo (relação Ca/Mg).
Gessagem
Aplicar gesso, com base na análise de solo da camada de 20 a 40 cm, se for constatado teor de Ca2+ inferior a 4 mmolc/dm3 e/ou saturação de alumínio acima de 40%.
O gesso deve ser distribuído sobre o terreno, não havendo necessidade de incorporação profunda, já que o material é solúvel em água.
As quantidades podem ser dimensionadas de acordo com a textura do solo:
O efeito do gesso perdura por vários anos, não havendo necessidade de aplicações freqüentes.
O gesso pode ser aplicado como fonte de enxofre, podendo suprir o nutriente por vários anos.
Fonte: Tulha agroinformações – www.tulha.com.br
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