Açúcar sobe 1,6%; café reage em alta a vendas do Brasil

Cenário: Ana Conceição O Estado de São Paulo

Os preços do açúcar subiram ontem na Bolsa de Nova York, ontem, após dois dias sem direção muito bem definida. O contrato março da commodity subiu 1,59%, para 23,69 centavos de dólar por libra-peso. O mercado tem oscilado entre notícias positivas e negativas. Ontem, a agência Dow Jones informou que a China estuda estocar dois milhões de toneladas de açúcar refinado para atender as necessidades do mercado doméstico. O governo local tem uma cota de importação de 1,945 milhão de t, que pode ser integralmente cumprida em 2012. Recompor as reservas do produto seria uma medida para lidar com o déficit na oferta do país. Os chineses consomem 14 milhões de toneladas de açúcar por ano, mas produzem 12 milhões de t.

Ainda em Nova York, os contratos futuros do café subiram depois que o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) informou que as exportações do País caíram 13,6% em dezembro, para 2,959 milhões de sacas de 60 kg. O Brasil é o maior exportador mundial do grão. O vencimento março subiu 3,96%, para 234,90 centavos de dólar por libra-peso.

Depois de ganhar mais de 10% na véspera, a cotação do suco de laranja despencou 9,46%, para 188,10 centavos de dólar por libra-peso. O mercado devolveu os ganhos mesmo com a notícia de que os Estados Unidos suspenderam as importações de suco do Brasil e de outros países por causa de traços do fungicida carbendazim encontrados em produtos vendidos no mercado doméstico. Cargas com mais de 10 partes por bilhão de fungicida serão rejeitadas.