28/12/2012
Cenário: Gabriela Mello
As cotações do açúcar bruto contrariaram o mau humor que tomou conta dos mercados de commodities ontem e terminaram com alta significativa na Bolsa de Nova York. Apesar do nervosismo em relação às negociações para evitar o chamado abismo fiscal nos Estados Unidos, fundos decidiram recomprar posições que haviam sido vendidas anteriormente e sustentaram os preços da commodity. O contrato março avançou 2,1% e fechou cotado a 19,45 centavos de dólar por librapeso.
Também em NY, o cacau registrou queda de 0,35%e renovou a mínima em cinco meses, contaminado por um sentimento pessimista no cenário externo. Na mesma direção, o café teve ligeira desvalorização de 0,27%, interrompendo uma série de ganhos de três dias devido à falta de interesse dos participantes do mercado neste fim de ano. Já o algodão caiu 1,36%com um movi mento de embolso de lucros depois de ter atingido o maior nível em dois meses na sessão anterior. O suco chegou a esboçar uma recuperação, mas encerrou sem tendência definida em meio a previsões de clima favorável para os pomares na Flórida.
Em Chicago, os grãos oscilaram negativamente. Ainda influenciados por preocupações sobre a fraca demanda por cereais dos Estados Unidos, o trigo caiu 0,29% e o milho 0,25%. A firmeza dos preços físicos forneceu suporte ao mercado de soja no início do dia. Mas a oleaginosa devolveu os ganhos e recuou 0,4%, cedendo às pressões macroeconômicas e à notícia de que o plantio na Argentina está dentro do período ideal.