Os futuros do açúcar bruto fecharam no maior nível em mais de uma semana na Bolsa de Nova York, em meio à expectativa de queda de produção no Brasil em 2014/15. Ontem, a Datagro projetou a safra brasileira de cana em 560 milhões de toneladas, uma redução de 2,5% em relação à estimativa anterior. Já a previsão de produção de açúcar foi cortada em 2,7%, para 32,3 milhões de toneladas.
O volume é 6,1% menor que o produzido em 2013/14. A commodity também foi impulsionada por temores de que o fenômeno climático El Niño afete a produção no Brasil e na Tailândia, os dois maiores exportadores mundiais. O contrato com vencimento em julho subiu 2,2% e fechou a 17,48 centavos de dólar por libra-peso.
O café arábica avançou 3,3% e recuperou as perdas das duas sessões anteriores. Investidores aproveitaram os preços baixos para comprar contratos, segundo especialistas. Na quarta-feira, o arábica fechou no menor patamar em quase oito semanas.
Na Bolsa de Chicago, o Milho fechou em queda de 0,6%, após chuvas benéficas às lavouras no Meio-Oeste dos Estados Unidos. O plantio no país está quase concluído e, com o clima favorável e a perspectiva de aumento de produtividade, muitos analistas estão considerando a possibilidade de uma safra recorde em 2014/15.
Já o trigo acumulou a sétima sessão de perdas, com queda de 1% no dia. Chuvas recentes vêm contribuindo para melhorar as condições das lavouras de inverno em regiões dos EUA que vinham de um longo período de Estiagem.
1,6% é a queda acumulada pelo açúcar em maio na Bolsa de Nova York.
Fonte: Angelo Ikeda, O Estado de São Paulo