Ácaros do café

ÁCARO BRANCO
(Polyphagotarsonemus latus)


Ordem: Acarina
Família: Tarsonemidae
Ciclo Biológico: 4 a 7 dias (sob condições favoráveis)
Longevidade:
Incubação: 1 a 3 dias;
                       Larva: 2 dias;
                       Pupa: 1 a 2 dias
Postura: 25 a 100
ovos por fêmea


Descrição: 
De ocorrência maior nos meses de janeiro e fevereiro (clima quente e úmido) o ácaro branco é cosmopolita e polífago, de tamanho reduzido, a fêmea é maior que o macho, de coloração branco leitosa e não tece teia.
O macho apresenta a característica de carregar a pupa da fêmea para que seja garantida a cópula.
Em condições favoráveis poderão ocorrer 18 a 20 gerações durante um ciclo da cultura.


Perdas e Danos:
Com o ataque deste ácaro, as folhas novas ficam deprimidas na parte central, com as margens dobradas ou enroladas para baixo. Em ataques intensos pode ocorrer a necrose e rasgadura das folhas.


Medidas de controle:
1) pulverização com acaricidas específicos; 
2) controlar plantas hospedeiras (mamona, mamoeiro, árvores como grevilha, santa bárbara, laranjeira, etc) próximas à lavoura de café; 
3)  evitar o uso antecipado e continuado de piretróides.


ÁCARO VERMELHO DO CAFEEIRO 
(Oligonychus ilicis)


Ordem: Acarina
Família:
Tetranychidae
Ciclo Biológico: 11 a 17 dias


Descrição:
As formas jovens têm coloração rósea e seis patas, enquanto os adultos possuem 8 patas. As fêmeas medem 0,5 mm de comprimento, com pernas e terço anterior de coloração alaranjada e os dois terços traseiros alaranjados com manchas quase pretas. Os ovos são de coloração vermelho intensa. O ácaro vive na face superior das folhas, cobertos por teia, dessa forma, as folhas perdem o brilho e ficam bronzeadas quando a população do ácaro é grande. O ataque ocorre geralmente em reboleiras.


Perdas e Danos:
Em anos de inverno seco e mais quente do que o normal, os ácaros podem causar desfolha do cafeeiro, as folhas perdem o brilho característico, tornando-se bronzeadas. Os ataques iniciam-se em reboleiras.


Medidas de controle:
1) pulverização com acaricidas específicos;
2) controlar plantas hospedeiras (mamona, mamoeiro, árvores como grevilha, santa bárbara, laranjeira, etc) próximas à lavoura de café, adotando nesse caso controle profilático nas plantas próximas das mesmas; 
3)evitar o uso antecipado e continuado de piretróides.

 

 

Fonte: Tulha Agro Informatica – www.tulha.com.br

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Ácaros do café

As espécies de ácaros mais freqüentes e com prejuízos sobre cafezais são:
Ácaro vermelho – Oligonichus (o) ilicis, Ácaro branco –
Polyphagotarsonemus latus e o Ácaro da leprose (ácaro plano)-
Brevipalpus phoenicus.

O ácaro vermelho ataca as folhas do
cafeeiro, especialmente os ponteiros da planta. Sobre as folhas podem-se
observar espécimes, que são muito pequenos e se movimentam rapidamente, sendo as
fêmeas de cor vermelho-escuro e os machos mais claros. As plantas atacadas
apresentam folhas de cor bronzeada e sem brilho, podendo verificar, sobre a face
superior das folhas, as finas teias tecidas pelos ácaros e os restos de suas
ecdises (troca de pele ou do inóculo que reveste o ácaro). As folhas atacadas
(as novas) diminuem de tamanho, as ranhuras reduzem a área foliar e a
fotossíntese, ocorrendo queima de folhas e perda de produção. O ácaro vermelho
foi constatado, recentemente, atacando também os frutos em cafeeiros
Conillon.

O ataque ocorre em reboleiras ou em toda a plantação, sendo
mais atingidas as plantas com maior carga. Os períodos de maior incidência são o
inverno e as épocas de veranico (períodos secos), já que em épocas de chuva ou
quando irrigadas por aspersão, estas podem, lavando as folhas, eliminar parte da
população de ácaros. As regiões mais quentes e secas apresentam maiores
problemas de ataque de ácaro vermelho, como é o caso de áreas de café Conillon
(robusta), na qual a praga é séria, especialmente em plantas novas. Trabalho de
pesquisa na Zona da Mata de Minas Gerais mostrou que na mesma área o ataque do
ácaro vermelho foi de 60,5% maior de folhas afetadas no Conillon e 10,8% no
Catuaí.

O uso exagerado de fungicidas cúpricos e, também de piretróides
causa problemas, aumentando muito a população de ácaros, embora alguns dos
piretróides sejam também acaricidas e não provoquem esse desequilíbrio. O uso de
inseticidas do grupo dos neonicotinóides, mesmo via solo especialmente para o
ativo Thiametoxan, causa maior ataque do ácaro vermelho, provavelmente por
alterar o conteúdo de aminoácidos ou hormônios no cafeeiro.

O ácaro
branco é freqüente encontrado em viveiros de café, atacando também plantas no
campo. Vive na parte inferior das folhas, principalmente das mais novas, onde se
pode observar com dificuldade, a olho nu ou com lupa, pequenas espécimes de cor
branco-leitoso, que se movimentam rapidamente. As folhas atacadas tornam-se
encurvadas, deformadas e ásperas. As folhas ficam de tamanho reduzido e ocorre
pequena queda de folhas.

Através do uso correto e restrito de defensivos
protege-se os inimigos naturais dos ácaros- microjoaninhas, microorganismos e
ácaros predadores.

O ácaro da leprose é importante apenas como vetor da
doença da leprose do cafeeiro, à semelhança do que ocorre na leprose dos citrus.
A sua população é encontrada em maior escala no final do período seco, em
agosto/setembro, e o ácaro pode ser identificado sob lupa por ser mais plano e
principalmente por uma mancha escura que apresenta no meio do seu dorso. É comum
encontrar os ácaros em associações mais dentro da planta, junto às
rosetas.

É freqüente a observação de outros ácaros presentes nas plantas
de cafés, tratando-se quase sempre de ácaros predadores, sendo mais comuns os da
família Phytoseiidae.


Fonte: Cultura de Café no Brasil Novo Manual de Recomendações (Matiello,
Santinato, Garcia, Almeida e Fernandes).


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