ACA abre Fenicafé 2011

Com o tema “Irrigação na dose certa, o caminho para o desenvolvimento sustentável”, começou hoje (6), em Araguari (MG), a 16ª Fenicafé 2011.

A abertura oficial contou com a presença de autoridades políticas, como o secretário de Agricultura de Minas Gerais, Elmiro Nascimento; o deputado estadual, Luiz Humberto Carneiro; o assessor especial do governo de Minas, Raul José de Belém; o prefeito de Araguari, Marcos Coelho; o presidente da Associação dos Cafeicultores (ACA), Nivaldo Souza, entre outras autoridades militares e de entidades representativas do café.

A feira, considerada o principal evento no setor do País, segue até o dia 8 de abril. Até lá, cerca de 20 mil pessoas devem passar pelo Pica Pau Country Club.

Antes de comporem a mesa, as autoridades visitaram os stands, conheceram as novas tecnologias voltadas para a irrigação e ainda deram uma pausa para um cafezinho, na cafeteria do Café Brasil do Cerrado, que traz a novidade do café gelado.

O agronegócio representa 35% do PIB mineiro. Para o secretário de Agricultura de Minas Gerais, Elmiro Nascimento, isso significa que de toda cadeia produtiva de Minas Gerais, 35% está no agronegócio. “O café representa muito para a economia mineira, chegou a extrapolar o País pelo que representa e pelo que a economia traz. Só Minas tem 50% da produção brasileira do café e Araguari exporta para o mundo inteiro, por isso, o governo de Minas está imbuído em incentivar a agricultura familiar”, salientou Elimiro.

O deputado estadual, Luiz Humberto Carneiro, concorda com Elmiro e vai além. De acordo com o deputado, Araguari é o 4º maior produtor do Estado. “Além de ter representatividade na economia, a cultura do café ainda gera emprego. Está trabalhando para melhorar o escoamento da produção e se adaptando às leis ambientais. Muito precisa ser feito por esse Pais que é o maior produtor de café do mundo”, frisou Luiz Humberto.

Tendo em vista que o Brasil lidera na produção de café, o assessor especial do governo de Minas, Raul José explicou que a região do café do cerrado tem sua parcela de reconhecimento dentro e fora do pais. “Produz com alta tecnologia e depende de políticas governamentais para que essa produção seja ainda mais fortalecido”.

Ele disse que o Código Florestal está sendo discutido junto ao governo do Estado e ao Congresso Nacional de forma especial para Minas continue a avançar, especialmente no que diz a irrigação.

Ao discursar, o presidente da ACA, Nivaldo de Souza, expôs um pouco sobre a luta dos cafeicultores há 16 anos atrás e o que avançou. Hoje, o Brasil já irriga 250 mil hectares de todo o seu parque cafeeiro, o que representa quase 10% da cafeicultura nacional. A fatia irrigada responde por quase um terço da produção nacional, mostrando a grande competitividade desta atividade no agronegócio brasileiro. Motivos não faltam para trazer a tona assuntos voltados à irrigação, sem contar que toda a reserva cambial do pais vem do agronegócio”.

O incremento na economia é grande. Segundo o presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Francisco Sérgio, o cerrado produz 4 milhões da cultura e apenas 2,5 milhões retornam. “Queremos receber 100%. A bandeira de origem precisa ser reconhecida lá fora”, ressaltou Francisco.

O prefeito de Araguari, Marcos Coelho fez questão de falar sobre a importância da Fenicafé como referência nacional e internacional. “A irrigação é feita 100% em Araguari. No Brasil representa apenas 10%. Somos o espelho para a região e até para o País. A Fenicafé é a porta para a geração de diversos empregos nos setores de hotelaria, alimentação, comércio e transporte”, destacou Coelho.

Até o fim do evento serão discutidos assuntos que vão desde economia do agronegócio e preço de Café, a fatores que influem diretamente na produção como a utilização da matéria orgânica na cafeicultura irrigada, gotejamento, irrigação em áreas de escassez hídrica, entre outros.

Alitéia Milagre | Serifa