fonte: Cepea

Abics trabalha para reduzir barreiras tarifárias ao café solúvel do Brasil

As indústrias de café solúvel se mobilizam cada vez mais em estratégias junto ao Governo Federal para priorizar negociações e acordos tarifários com países que aplicam altas tarifas para importar o produto nacional.

Comercializando café solúvel com mais de 120 países, o setor, no Brasil, sofre com tarifas de importação aplicadas ao produto nacional tendo, em pelo menos 75% desses destinos, taxas que variam de 5% a 40%.


Apesar de negociações e acordos comerciais serem tarefas sempre demoradas, de longo prazo para conclusão, recentemente o setor priorizou 36 destinos, incluindo a União Europeia (UE), que aplicam tarifas acima de 5%, para estabelecer estratégias imediatas de ações em conjunto com Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Ministério das Relações Exteriores (MRE) e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).


As maiores preocupações atuais são com Japão, quarto maior destino do café solúvel nacional, que aplica tarifa de 8,8%, e Indonésia, sexto maior importador, que recentemente alterou sua tarifa de 5% para 20%. A Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics) destaca que ambos os países são da Ásia e estabeleceram uma série de acordos comerciais naquele continente, os quais favorecem nações concorrentes, em especial o Vietnã e a Malásia.


Segundo a entidade, na UE, concentram-se as maiores expectativas devido ao andamento das negociações entre Mercosul e o bloco europeu, que sinalizam fechamento de acordo para meados de 2018. Se efetivado, a Abics entende que o pacto proporcionará a desgravação gradativa ou imediata, dependendo das negociações, da cobrança de 9% do imposto de importação aplicado ao solúvel brasileiro.


A União Europeia, com destaque para Alemanha e Reino Unido, é o segundo maior importador de café solúvel do Brasil, atrás apenas dos Estados Unidos, o que valida o poder de competitividade da indústria nacional, mesmo sendo taxada em 9%. Por outro lado, a Abics vê como grande risco os acordos de comércio da UE com blocos e países, principalmente asiáticos, pelas quais a redução de tarifas que envolvam o café solúvel alijará, gradativamente, o Brasil do fornecimento de solúvel aos europeus.


Essas e outras informações constam no Relatório do Café Solúvel do Brasil – Julho de 2017, disponível no site da Abics: http://www.abics.com.br/secao/informacoes/estatisticas/


Fonte: Asscom ABICS

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