Abapa doa kits de irrigação para pequenos produtores rurais de Barreiras

Se tem um recurso natural em abundância no Oeste da Bahia é a água, essencial para o abastecimento humano e para tornar a região o grande polo de produção de alimentos e algodão em que se converteu nas quatro últimas décadas.

Mas para muitos pequenos produtores rurais de hortaliças e frutas, com áreas onde as chuvas não são tão frequentes, fazer a água chegar às suas lavouras costuma ser um sonho distante. Nesta quinta-feira (15/04), contudo, 15 destes agricultores familiares poderão ter a certeza de ver seus campos sempre verdes, garantindo a produção, mesmo no período seco, assegurando renda e segurança alimentar para as suas famílias. Como parte do programa de Apoio aos Pequenos Produtores da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), custeado pelo Fundo para o Desenvolvimento para o Agronegócio do Algodão (Fundeagro), em parceria com a Prefeitura Municipal de Barreiras, estas famílias receberam kits de irrigação, em uma cerimônia realizada na Secretaria de Agricultura e Tecnologia do município.

A doação atende a um requerimento da secretaria municipal, dentro do escopo do programa Vale Produtivo, da prefeitura, e inclui todos os itens necessários para a instalação – de mangueiras gotejadoras até os tubos e conexões. Cada kit dá conta de irrigar uma área de 0,25 hectares, que, multiplicados por 15, alcançam um total de 3,75 hectares. Um dos contemplados nesta etapa foi o agricultor Josemilto do Amaral Souza. “Esta foi uma coisa muito boa que aconteceu, pois a tecnologia está avançando e a gente tem que acompanhar”, comemorou.

As doações dos kits para agricultores familiares têm sido uma constante do programa da Abapa, desde 2014. Esta iniciativa começou com os pequenos produtores de algodão do Sudoeste, e, até hoje, já contemplou mais de 200 famílias. Nesta área, que já concentrou a maior parte da produção da fibra no estado, até os anos de 1980, os cotonicultores recebem, também, os insumos para o plantio, no primeiro ano, além da assistência técnica. A ideia é que possam ter sustentabilidade, inclusive rotacionando o cultivo da pluma com outras culturas na entressafra, como feijão e hortaliças. Cada kit, para estes beneficiários, é suficiente para irrigar um hectare.

“Aqui no Oeste, que é uma região onde chove mais, os kits são de 0,25 hectares, mas são um passo inicial. Com tecnologia e assistência técnica, estes pequenos produtores têm condições de alavancar a produção. É, sem dúvida, um grande passo”, afirma Lidervan Morais, diretor executivo da Abapa, que representou o presidente da entidade, Luiz Carlos Bergamaschi, na ocasião.

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