A pesquisa da adubação orgânica em café data de 1928, quando Camargo & Herntann iniciaram estudo racional da adubação do cafeeiro no Instituto Agronômico (Camargo & Hermann,1928)
Nabo Forrageiro
Já anteriormente, Dafert, em 1891, havia realizado estudos de adubação em cafeeiro em experimento. com plantio de linhas de cafeeiros plantados lado a lado. Entre os24 tratamentos foram incluído. a aplicação de palha de café e de esterco, e o uso de adubos verdes. Apesar de não ter sido possível a análise estatística por ter sido plantado com distribuição sistemática dos tratamentos, os dados obtido. em Campinas durante o período de 1931 a 1944, mostraram que a adubação orgânica complementada com adubação química deu bons resultados e que a adubação verde, em comparação com o tratamento sem adubo, foi prejudicial à produção nos três primeiros biênios e produziu aumentos de produção nos quatro triênio. seguintes, determinando uma produção relativa de 117 % para o período total, em comparação com a testemunha (100%). A aplicação de esterco, da palha de café e destes complementados com adubação química, tiveram uma produção relativa de 211%, 275% e 319%, respectivamente. (Fraga & Conagin, 1956).
Matéria orgânica no pé do café
Em 1935, foram instalados em Pindorama ensaios de adubação de café, os quais incluíam tratamentos com adubos orgânico.. Os tratamento. com adubos verdes, palha de café e esterco tiveram uma produção relativa, durante o período de 1940 a 1954, de 116%, 145% e 132%, respectivamente, em comparação à produção do tratamento sem adubo, considerada 100%. A adição de adubos químicos aos referidos tratamentos sempre aumentou a produção. (Lazzarini et alii, 1975).
Em 1953, foi instalado um ensaio de restauração de lavoura velha em Ribeirão Preto, por franco et alii (1960), em que foi incluído o estudo de adubação verde. O objetivo deste ensaio era estudar as possibilidades de aumentar a produtividade de um cafezal velho sem o emprego de esterco, visto que se evidenciava na época, que a aplicação de matéria orgânica (esterco de curral e composto) não era suficiente para elevar o nível irrisório da produção média do Estado, de 25 arrobas por mil pés, e evitar o nomadismo da cafeicultura à procura de terras de mata, ricas em matéria orgânica, após o empobrecimento dos solos por falta de uma adubação conveniente para a conservação da fertilidade inicial.
Neste ensaio foram empregados como adubo verde a soja e o feijão de porco. No primeiro período, de 1954 a 1959,0 efeito do adubo verde não apresentou nenhuma reação na produtividade e no segundo período, de 1960 a 1963, a reação foi negativa, reduzindo a produção das parcelas em comparação com as não tratadas, em 11% (Laiiartni et alii, 1975).
Em 1954, experimento semelhante foi instalado em Pindorama (Lazzanni et alii, 1975), utilizando a crotalíria e a soja. As produções de 1955 a 1960 permitiram concluir que a adubação verde não contribuiu para o aumento da produção.
Em 1955, foi instalado um experimento em Ribeirão Preto (Lazzarini et alii, 1975), para estudar várias espécies de leguminosas como adubação verde, empregando-se a crotalária, feijão-baiano, feijão de porco, guandu, mucuna preta e soja, na presença e ausência de fertilizantes minerais NPK. As produções de 1956 a 1959 permitiram concluir que não houve diferenças de produções com o uso da adubação verde e que a crotalária produziu mais massa verde do que as demais.
Até 1954, a adubação básica geralmente preconizada para o cafeeiro era de 10 a 15 Kg (+1-50 litros) de esterco de curral ou outro adubo orgânico equivalente, além de uma pequena quantidade de fertilizantes químicos (Lmarini et al., 1976).
Ainda segundo o mesmo autor, a partir de 1955, a Seção de Café do Instituto Agronômico de São Paulo, modificou as normas para a adubação do cafeeiro, tornando facultativo o emprego de adubos orgânicos e elevando consideravelmente as quantidades de fertilizantes, estabelecendo limites de 200g de N, lOOg de P205 e 200g de K2O/cova, para a produção de 100 sacas de café em coco por 1000 pés e recomendando a aplicação em cobertura e parcelada de fertilizantes várias vezes por ano.
Em 1956, em Campinas, foi instalado uns experimento na Granja São Martinho, (Lazzarini et alii, 1975), em local onde havia sido empregada a soja perene incorporada repetidamente com calcário, para restauração da fertilidade do solo. No ensaio foram testados a aplicação de adubos orgânico, como: o composto na quantidade de 20 Kg por cova, com ou sem adubação mineral; o esterco de galinha nas quantidades de 6, 12, 18 e 30 Kg, mais adubação mineral até 540 g de N, 35 g de P e 232 g de K por ano. Instalado o cafezal com 3 anos de idade, as produções de quatro anos,
correspondentes de 1957 até 1960, não mostraram diferenças significativa., provavelmente devido às elevadas quantidades de nutrientes disponíveis, por efeito dos tratamentos de recuperação do solo.
A partir de 1958 adotou-se a adubação mineral ou química como básica e, quando possível, complementada com a adubação orgânica (Kiehl, 1985).
Em 1958, foi instalado novo ensaio para testar a viabilidade do emprego da adubação mineral sem adição de matéria orgânica (Lazzarini et alii, 1975 e 1967). Foi escolhido um local no Horto Florestal de Batatais, com características de terra de campo de baixa fertilidade, PH em torno de 4,5, baixos teores de Ca, Mg, K e P e muita pouca matéria orgânica. Os tratamentos foram:
esterco, esterco + NPK + calcário; NPK; ?{PK + calcário; NIPK + calcário + micronutrientes e NPK + micronutrientes. As produções de 1960 a 1969 mostraram que os efeitos obtido. com aplicações de NPI( + calcário + micronutrientes não diferiram daqueles obtido. com aplicações de esterco + NFK + calcário, evidenciando a possibilidade da exploração econômica da cultura cafeeira com o emprego de fertilizantes minerais contornando a inviabilidade da aplicação de 20 Kg de esterco por cova, como era recomendado, ou seja, 20 t de esterco por ano para a manutenção de 1000 cova. de cafeeiro.
Além destes experimento. com matéria orgânica, onde se inclui a adubação verde apenas com o propósito de fertilizar o solo, outros trabalhos foram realizados para estudos de conservação do solo, os principais deles são os de Mendes (1944), que descrevem algumas leguminosas e suas vantagens na conservação do solo em cafezais, e de Marques (1950), que abrange todas as práticas conservacionistas possíveis de serem usadas em café inclusive a adubação verde.
Posteriormente, a Seção de Conservação do Solo, utilizando práticas vegetativas para conservação do solo (Marques. 1950), verificou também que a adubação verde e a alternância de capinas reduziram a produção do cafeeiro, devido, provavelmente à concorrência, embora sejam práticas que melhor controlam as perdas por erosão. Em outro trabalho, em que se comparam práticas conservacionistas em solos podzolizados, Lombardi et alii (1975b) verificaram que as práticas vegetativas controlaram 77% das perdas de terra e 65% das perdas de água e as práticas edáficas controlaram 91% das perdas de terra e 81% as perdas de água, em relação às práticas que alteram a superfície do solo. Todavia ocorreu redução nas produções, e todos os tratamentos tiveram um efeito apenas até o quinto ano de cultura, após o qual a conservação do solo é relacionada com a proteção oferecida pela cobertura vegetal do próprio cafeeiro.
Lombardi et alii (1975c), empregando os mesmos tratamentos em latossolo roxo, verificaram que apenas as práticas edáficas mostraram diferenças no controle das perdas de terra e água, e que estas perdas reduzidas no latossolo roxo, foram diminuídas após o quinto ano da cultura.
Diversos trabalhos tem atestado a importância da matéria orgânica em cultivos convencionais, estudando a interação entre os adubos químicos e orgânico.. Observa-se efeito positivo tanto na produtividade quanto no equilíbrio nutricional, quando a adubação química desequilibrada (Guimaries et alL,1975). Em experimento realizado em Varginha (Minas Gerais), Viana et aL,(1987) estudando doses de adubação química (NPK) e esterco de curral (EC), com os seguintes tratamentos: 1) 100% NPK; 2)75% NPK + 7 Kg de EC; 3)50 % NPK + 14 Kg de EC; 4) 25% NPK +21 Kg de EC; 5)28Kg EC; 6) Testemunha; conclui que a partir de médias de sete colheitas (1981 a 1987), que os tratamentos mistos (NPK + EC) com produtividade de 31,5; 30,6 e 31,6 sc/ha, apresentaram produtividade 30% maior que a média das adubações isoladas (NPK ou EC), com 23,5 e 24,6 sc/ha e 110% superiora testemunha com 14,9 sc/ha e ainda que, a adubação exclusiva com esterco de curral foi capaz de suprir o cafeeiro com NIPK, de forma similar à adubação química.
Experimento semelhante foi realizado por Bragança (1986) em café Catuaí (Venda Nova do Imigrante – ES) e em café conion (Marilândia – ES), nos anos de 1983 a 1985. Foram utilizados para café Catuaí os tratamentos de 100%, 60% e 30% de NPK, 60% de N1’K + 5L de esterco de galinha (EG), 60% de NPK + 1OL de EG, 30% de NPK + 5L de EG, 30% de NIPK + 1OL EG e testemunha sem NPK e esterco. No café conion os tratamentos foram os mesmos, porém o esterco de galinha foi substituído pela palha de café nas doses de 10 e 20 litros/pé. A partir das médias de três anos de colheita (1983 a 1935), conclui o autor que: a utilização de 5 litros de esterco de galinha/planta, permitiu reduzir 40% da adubação NPK do cafeeiro Catuaí com aumento de 20% da produção; as combinações de 60% NPK + 20 L de palha e 30% + 1OL de palha, superaram ligeiramente a adubação com NPK; o esterco de galinha isolado produziu aumentos de produtividade de 50% e 25%, nas doses respectivas de 5 e 10 L/pé, e a palha de café produziu aumentos de produção na dose de 20L/pé.
Existem resultados contraditório. em relação à utilização da matéria orgânica em plantios comerciais de café. Alguns autores apontam efeitos benéficos quando da sua utilização (Bragança, 1986; Gmes et ai., 1965; Rocha et al., 1980); outros, porém, obtiveram resultados indiferentes (Franco et ai., 1960; Pavan, Chaves e Mesquita Filho, 1986).
Segundo Medcalf citado por Malavolta et al. (1982) a utilização de capim gordura e colonião como cobertura morta proporcionaram um aumento apreciável no teor de matéria orgânica do solo, e consequentemente na produtividade de café.
Malavolta et al. (1982) cita que o esterco de curral, aplicado na base de 10 quilos (peso seco) por cafeeiro e por ano quase sempre apresenta resultados satisfatórios na produção de café, especialmente quando completado com fertilizantes minerais. Em solos muito deficientes em potássio, a palha do café substitui o esterco com vantagem. Para Thonsazicllo et ai. (1996) as cascas de café são ricas em nutrientes, contendo em cada Kg, cerca de 15 g de N, 0,lg de P e 25 g de K, sendo assim interessante retorná-las ao cafezal.
No entanto o emprego de material orgânico pobre em nitrogênio com alta relação C/N, como é o caso da serragem de madeira, bagaço de cana e palha de arroz, poderá induzir uma forte deficiência de nitrogênio nos cafeeiros, se não for feita uma suplementação desse nutriente por outra fonte, prejudicando a produção (Malavolta et ai., 1982).
Vários estudos evidenciam a possibilidade de substituição parcial das adubações químicas por adubos orgânico., desde que se tenha o equilíbrio necessário dos nutrientes para o cafeeiro (Santinato, Barros e Santo, 1983; Carda et aL,1983 e Bragança, 1986).
Pavan et ai. (1986) avaliaram, durante 7 anos, em Morretes, o efeito de diferentes coberturas na melhoria das condições de um latossolo vermelho-amarelo álico, cultivado com cafeeiro cv. Catuaí vermelho. A cobertura morta com fitomassa de Brachiaria humidicola na linha e entrelinha do cafeeiro foi o tratamento que mais se destacou. Ele propiciou incrementos nos teores de carbono e no PH do solo, redução dos índices de alumínio trocável, melhoria das condições químicas e biológicas do solo e maior facilidade de absorção de ions pelas raízes do cafeeiro.
-Visando à recuperação de um cafezal depauperado, na região Noroeste do Paraná (latossolo vermelho-escuro), Marun et al. (1986) demonstraram que a utilização de cobertura de capim colonião velho (6 t / ha), associada a outras técnicas de manejo do solo, contribuiu para aumentar a produtividade do cafeeiro em cerca de 90%., em relação ao tratamento com uso exclusivo de fertilizante mineral. A adubação verde foi com feijão-caupi, o composto foi à base de capim-colonião e esterco bovino, e a cobertura morta, de capim-colonião. A adubação verde com caupi influenciou a produtividade do café, mas o efeito da cobertura morta reduziu os gastos com a capina do cafezal.
De acordo com Chaves (1986) entre os adubos verdes testados intercalados ao café, tem-se obtido bons resultados com mucuna-cinza, mucuna-anã, crotalárias e caupi.
Chaves (1989), avaliando experimento. de plantio de Leucena (Leucaena leucocephala) intercalada ao cafeeiro, em Tunefras do Oeste, observou valores significativos no tocante à produção de fitomassa e ciclagem de nutrientes pela espécie.
Desde que usada de forma equilibrada e balanceada no tocante ao conteúdo de nutrientes, a matéria orgânica poderia substituir a adubação química (Viana e Miguel, 1992).
Furtini Neto, Curi e Guimaries (1995) detectaram que, até 2 anos após o plantio, a adubação orgânica é capaz de suprir a necessidade das plantas; entretanto, após este período, é necessário uma complementação com fertilizantes químicos.
FORMA DOS NUTRIENTES NA MATÉRIA ORGÂNICA
Uma característica muito particular dos fertilizantes orgânico. relaciona-se ao fato de que os nutrientes, exceto potássio,encontram-sepredominantemente na forma orgânica. Assim sendo, para serem absorvidos pelas plantas há necessidade da transformação para a forma mineral através do processo de decomposição da matéria orgânica ou de mineralização. Com isto, ocorre uma lenta liberação dos nutrientes para a solução do solo.
A liberação dos nutrientes em doses homeopáticas para a solução do solo, em acordo com a lenta absorção pelas plantas, resulta em vantagens adicionais da adubação orgânica, em relação à adubação mineral, quais sejam:
Com relação à necessidade de transformação da forma orgânica para a forma mineral, nos cálculos em adubação orgânica tem-se que considerar os Índices de Conversão. Os índices de conversão representam o percentual médio de transformação da quantidade total do nutriente da forma orgânica para a forma mineral.
NUMERO DE NUTRIENTES DA MATÉRIA ORGÂNICA
O fertilizante orgânico apresenta todos os dezesseis nutrientes de plantas. Ou, de outra forma, considerando o papel do solo no suprimento de nutrientes às plantas, a aplicação de fertilizantes orgânico, resulta no aumento da disponibilidade de todos os 13 nutrientes fornecidos pelo solo.
O fato de ser um fertilizante completo resulta em mais uma importante vantagem da adubação orgânica, em relação à adubação mineral, que é a seguinte: A possibilidade de desrespeito á “Lei do Mínimo”, é muito menor.
CONCENTRAÇÃO DOS NUTRIENTES DA MATÉRIA ORGÂNICA
Os fertilizantes orgânico. devem, sempre que possível, ser analisados antes da aplicação ao solo, pois tanto o teor de humidade de fertilizantes sólidos quanto o teor de nutrientes nos mesmos apresentam-se bastante variáveis. Em fertilizantes líquidos ocorre o mesmo problema. Para os resíduos vegetais, as variações ocorrem devido a espécie de planta, da idade e da fertilidade do solo. Por sua vez, nos resíduos animais varia com a espécie animal, com o tipo de criação, com a alimentação utilizada, com o processo de coleta e com as condições de armazenagem.
Além do teor de água e teores totais dos nutrientes1 os fertilizantes orgânico. são também caracterizados pela relação CJN, dada a importância da mesma na definição da mineralização líquida.
Como o conteúdo de nutrientes nos fertilizantes orgânicos é muito baixo, notadamente quando comparados com fertilizantes minerais, deve-se atentar para o fato de que as quantidades de fertilizantes orgânico. a serem aplicadas são muito elevadas, aumentando sobremaneira os custos de produção, incluindo os custos de transporte e de aplicação. Portanto, recomenda-se cautela no planejamento do programa de adubação direcionado para a cafeicultura orgânica, respeitando-se as necessidades nutrícionais do cafeeiro e a viabilidade econômica de tal operação.
ÉPOCA E FORMA DE APLICAÇÃO DE ADUBOS ORGÂNICOS EM GERAL
O uso de resíduos vegetais como fertilizantes orgânicos e como prática de preservação ou de aumento do teor de matéria orgânica do solo resulta em situações distintas quanto à época e forma de aplicação.
Com o enfoque puramente de adubação e visando a instalação da lavoura, os resíduos vegetais devem ser aplicados antes da semeadura, dada a necessidade de incorporação. A incorporação de fertilizantes orgânico. reduz as perdas de nitrogênio por volatilização e é de crucial importância na adubação com fósforo, pois esse nutriente é de baixíssima mobilidade no solo.
Os resíduos vegetais de baixa relação CIN, notadamente de leguminosas, podem ser incorporados no dia da semeadura ou o mais próximo dela. Por outro lado, resíduos com relação C/N mais elevada acima de 30- devem ser aplicados com, pelo menos, um mês de antecedência ao plantio, de forma a vencer a fase inicial de predomínio da imobilização sobre a mineralização.
A manutenção de resíduos vegetais na superfície do solo (formação da cobertura vegetal “mulch”), traz uma série de benefícios ligados à conservação do solo, mas, é menos eficiente, a curto prazo, do ponto de vista de adubação. O reduzido contato com o solo diminui grandemente a velocidade de decomposição ou mineralização.
A decomposição de resíduos vegetais no solo pode exercer um efeito benéfico ou maléfico de significativa importância, relacionado com o fenômeno da alelopatia, quase totalmente desconhecido pelos pesquisadores. A liberação de substâncias alelopáticas através da decomposição de resíduos vegetais pode ocorrer diretamente pela lavagem de substâncias já presentes no resíduo ou pela produção de substâncias pelos microorganismos responsáveis pelo processo de decomposição.
Os resíduos animais devem ser, preferencialmente incorporados ao solo, não apenas para aumentar a eficiência do fósforo mas, principalmente, para reduzir as perdas de nitrogênio por volatilização. Os fertilizantes orgânico. de origem animal antes de serem usados, necessitam passar por um processo aerobico de “cura” ou de fermentação. Neste processo, que dura de 60 a 90 dias, há produção de grande quantidade de calor. Assim sendo, uma vez devidamente processados, os resíduos animais podem ser aplicados no dia de plantio ou o mas, próximo deste.
A aplicação de resíduos animais na superfície do solo, sem qualquer incorporação, em cafezais já instalados, visando principalmente o suprimento de nitrogênio e de potássio, apresenta boa eficiência dada a mobilidade desses nutrientes no solo.
Nabo Forrageiro
Apesar de pouco conhecido o nabo forrageiro é um bom gerador de matéria orgânica e de nitrogênio.O seu uso no meio de lavouras do café é recomendado. Ele é originário da Asia, possui ciclo anual e tem forma de crescimento erecta .Se adapta a maioria dos solos e se adapta muito bem também em locais de alta altitude.Sua resistência é alta em solo seco, tem boa resistência ao frio. Não serve para ensilagem e nem como banco de proteinas. Sua produção é de 4 a 8 ton/ha. Proteina bruta na MS é de 18 a 20 % e sua palatabilidade é baixa. Seu tempo de formação esta entre 90 e 120 dias. Primeiro pastoreio 70 cm.
Fonte: Floresta Site http://www.florestasite.com.br/matorgagri.htm