A pífia florada nos cafezais trouxe apreensão e Agrônomos recomenda cuidado aos agricultores

Em 01/12/2006

O fenômeno teve caráter nacional, segundo órgãos ligados ao segmento no Brasil. A pífia florada nos cafezais trouxe apreensão aos produtores e merece atenção especial. “O café é uma planta que precisa da florada virar fruto que é nossa fonte de renda”, explicou o engenheiro agrônomo Paulo Antônio Franco, que presta assistência técnica na Agrocampo, além de outras doze propriedades de Serra Negra.


A baixa florada aumentou a estimativa de quebra da safra 2006/2007 que já tinha previsão de ser menor que a anterior em função da bianualidade de café que tem produção alta num ano e no seguinte um pouco menor. “Estamos notando uma irregularidade nesse processo em função das mudanças climáticas”, disse.
Segundo informação do Conselho Nacional do Café esse problema é mais sério nos cafezais localizados além de 800 metros acima do nível do mar, que é o caso da região de Serra Negra e Sul de Minas Gerais. Numa das fazendas que o engenheiro presta assistência, havia previsão inicial de colheita de 2.500 sacas na safra 2006/2007, “agora, não esperamos que chegue nem à metade.


Estou com uma vela acesa e rezando para uma florada tardia, se não o problema será maior”.
Aos cafeicultores recomendou atenção. “Teremos que trabalhar dois anos (2006/2007 e 2007/2008) com uma safra só. Se possível é melhor guardar essa safra que está na tulha, que foi alta. O preço deve subir e a tendência de comercialização ter um prazo mais estendido”. Em resumo Paulo Antônio Franco acredita que o mercado ficará sem café. Com a redução da oferta no ano que vem, o preço deve subir e o produtor que tiver condições de esperar deve se cuidar para não ficar na mão em 2007. “Sem dinheiro e sem café”.

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